Noticiários, livros históricos, jornais impressos, artigos de opinião, charges, cartuns e vastos caminhos da internet, são estes os meios que cercam a vida de um estudante. Em época de tantas discussões a respeito do país,sua política e economia,é impossível ficar alheio ao “bombardeio informativo” que nos ronda.Pior ainda é tentar formar opiniões,que muitas vezes podem ser discutidas em locais propícios,como instituições de ensino,sem escolher uma posição sobre os temas abordados nem interligar os atuais assuntos aos que marcam a história da nação brasileira. Diferentemente do período do regime militar, que tanto oprimia e reprimia aqueles a favor da liberdade de expressão, pondo a censura em auge, chegando até a interagir de forma direta no ensino, no momento presente, podemos expressarmo-nos de forma de forma livre. Poderia isto mudar,ao implantarem-se ideais como o “Escola Sem Partido”? Movimentos como esse buscam um contraditório “respeito à constituição”, alegando ser incorreta a emissão de opiniões por parte dos educadores, atribuindo a função educativa somente aos pais dos alunos, que necessitariam de um ensino neutro para um aprendizado efetivo. Entretanto,tendo em vista a referida constituição,enuncia-se o direito direito de todos os cidadãos a liberdade de expressão,tão discutida nos dias que correm.Logo,afirmar a neutralidade de ensino simultaneamente sem ferir a constituição seria praticamente impossível,pois até mesmo jornais de conteúdo totalmente informativo ainda podem ser observados pequenos resquícios de opinião pessoal.É a função emotiva oculta no referencial. Ao observar o movimento “Escola Sem Partido”, que tanto polemizou e trouxe a muitos novas opiniões, é importante não perder-se nesses conceitos, esquecendo-se assim da principal função dos professores, que seria além de ensinar conteúdos programáticos, aproximá-los do aluno, visando à compreensão e a conexão dos assuntos com os que no presente vivemos, de forma moderada e inclusiva, permitir não somente o entendimento da matéria estudada, como também a possibilidade da construção de argumentos por parte de alunos, que proporcionariam a formação de verdadeiros cidadãos. Afinal,não necessitamos apenas de “operadores de livros didáticos”,mas sim de verdadeiros educadores.