Título da redação:

Educar é um ato político

Proposta: "Escola Sem Partido" e os rumos da educação no Brasil

Redação enviada em 10/06/2016

Para o projeto Escola Sem Partido, discutir religião, feminismo e homofobia entre outros assuntos que deveriam já ser tratados de forma natural, mas atualmente são polêmicos é doutrinação ideológica. Como reflexo da sociedade, as escolas são espaços marcados pela intolerância religiosa, opressão às mulheres, discriminação sexual. Na maioria dos casos, as ações e as reações são silenciadas e banalizadas. Será que é necessário ter a discussão nas escolas? A resposta é sim. Nas salas de aula, é falado sobre a cultura eurocêntrica, o consumismo moderno, o agronegócio, a urbanização do mundo , a fábula da sustentabilidade, se conhece a história, a cultura africana e indígena nas escolas. Na prática, para aqueles que reconhecem a necessidade de mudança, a escola também é ferramenta para discutir a vida, a realidade, para transformar as ideias. Neste contexto, Escola Sem é um projeto para silenciar vozes, buscar estabilidades e criar novos espaços de conforto e conformismo social, cultural e intelectual. A instabilidade, o diferente, a emergência, a diversidade incomodam. Discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos, é provocar instabilidades nesse sistema de histórias e pensamentos únicos. Doutrinação ideológica está presente nas escolas desde sempre com seus conteúdos, com seus discursos, com suas relações. Educar é um ato político em si. E para mudar os caminhos desde projeto é preciso uma luta individual contra o silêncio da escola e a favor de uma educação mais dialógica, humana e ativa marcada pela autonomia do educando e pela liberdade na construção dos saberes e nos caminhos escolhidos para a vida. Por uma educação que reconheça nossos povos tradicionais e seus saberes, garanta o bem estar das pessoas, valorize o fazer coletivo, pratique a democracia nas suas relações, entre outras medidas que integram a agenda da educação em direitos humanos, especialmente por um mundo socialmente justo e ambientalmente responsável.