Os professores sempre foram figuras de autoridade, sabedoria e respeito para grande parte dos alunos, e, por conta disso, os estudantes costumam aceitar como verdade absoluta todo o conhecimento que o profissional da educação tenta transmitir. Isso pode vir a ser problemático quando este passa sua opinião enviesada sobre um assunto polêmico que requer um ponto de vista crítico como sendo a única solução viável, sem ao menos se esforçar para mostrar que existem outros ângulos a serem discutidos para que haja a descoberta da verdade. Por outro lado, eliminar os dois lados da moeda causaria mais dano do que remediaria, já que isso comprometeria a formação educacional e crítica do aluno, que teria parte de seu conhecimento defasado por conta de uma tentativa de reduzir a militância política dentro da sala de aula. Uma pesquisa da Federação do Comércio do Rio de Janeiro mostra que 70% dos brasileiros não leram um único livro em 2014, o que re-afirma a inviabilidade de remover parte do currículo escolar na esperança de que o aluno busque tal conhecimento por conta própria. A solução para o problema não é remover o conteúdo sensível, mas sim, acrescer opiniões divergentes sobre o mesmo conteúdo para que seja dada ao aluno a tarefa de chegar a sua própria conclusão, possibilitando o debate enriquecedor que falta em nossa sociedade.