Durante a Ditadura Nazista alemã, foram criados mecanismos de doutrinação ideológica como a Juventude Hitlerista, com o objetivo de manter a população germânica sob o controle do Estado. No Brasil, mesmo que de forma menos acentuada, são denunciados casos de doutrinação partidária nas escolas, o que pode provocar alienação de um número elevado de estudantes. Para o filósofo Immanuel Kant, todo ser humano evolui do estágio de exterioridade (heteronomia) para o estágio de autodeterminação (autonomia). Dessa forma, a imposição de pensamento de um sujeito autônomo sobre um sujeito heterônomo prejudica o processo de determinação moral, formando indivíduos falsamente determinados, seguidores de uma moral alheia. No ambiente escolar, o professor se apresenta como autônomo, transmissor de conhecimento, e o aluno, como heterônomo. Logo, quando o professor transmite de forma indiscriminada suas convicções ideológicas e partidárias aos alunos, muitos pode, equivocadamente, absorvê-la como uma verdade, e não como uma opinião passível de contradição. Tendo como objetivo a preservação da evolução natural do pensamento defendida por Kant, é necessário o combate à exposição indiscriminada de ideologias partidárias, através da aprovação de projetos como o “Escola sem Partido”. É importante também que sejam realizados cursos destinados aos professores, instruindo-os a não se posicionarem de maneira parcial, buscando sempre apresentar várias visões de uma mesma situação.