Título da redação:

A pluralidade como base da educação escolar

Proposta: "Escola Sem Partido" e os rumos da educação no Brasil

Redação enviada em 29/06/2016

A educação traz consigo a oportunidade de mudar tudo a sua volta, de cidades à nações, de continentes ao mundo. O processo educativo caminha, lado a lado, com a esperança de um mundo melhor e justo. Formar, dentro de sala de aula, alunos aptos a ciências e cidadãos com consciência social, faz parte do exercício de ser professor. Todavia, em 2004, com o surgimento do movimento "Escola Sem Partido", que chama a atenção para mentalidades formadas no processo de ensino e a liberdade de expressão dos professores, a educação e sua pluralidade entraram em questionamento no Brasil. O "Escola Sem Partido" tem o posicionamento que somente os pais têm o direito de educar seus filhos, onde um ensino neutro é possível, e o desejo que a Constituição seja respeitada. Como manifestação social, o movimento não pode ser ignorado mas pensado de forma consciente. Ao separar o conhecimento científico do mundo de quaisquer valores presentes na sociedade, em primeiro momento, temos a descontrução das bases da educação escolar. Ao passo que tal projeto de lei fala em pluralidades, proíbe atividades que entrem em conflito com convicções morais e religiosas dos pais. Tira-se do professor o fardo de educador e sua liberdade e assim sendo finaliza-se os diálogos em âmbitos escolares e da escola é tirada a capacidade de formar cidadãos, não com mentalidades direcionadas mas aptos à sociedade. O conhecimento, tanto científico tanto social, é construído no diálogo entre professor e aluno dentro da sala de aula e ameaças contra essa pluralidade e possibilidade de uma argumentação aberta e clara pode ser entendida como uma agressão a todo sistema educacional. Retirar o poder de ensino do professor e torná-lo um simples objeto de transmissão de conteúdo é retirar do Brasil a possibilidade de ter jovens e adultos capazes de pensar de forma social, justa e igualitária. A base educacional de um país com tamanha diversidade étnica e cultural se contradiz sem pluralidade. Portanto, se conscientizar sobre possíveis reformas na educação de nosso país e suas consequências se torna imprescindível. Relativizar sobre falsas ideias, como a de neutralidade, se faz substancial. Não deixar que a esperança perca seu lugar ao lado da educação de nossas crianças, jovens e adulto é desejar uma pátria em crescente expansão de conhecimento científico e social. Dar ao professor liberdade de ensino é dar a alunos possibilidade de crescimento e ao Brasil e ao mundo a chance de um futuro melhor e de todos.