Título da redação:

A luta de ideologias

Proposta: "Escola Sem Partido" e os rumos da educação no Brasil

Redação enviada em 01/07/2016

Durante a idade média a igreja católica sustentou um sistema estamental de classes irreal utilizando-se da ignorância de seus fiéis em prol de seus interesses evidenciando como a falta de conhecimento facilita a manipulação dos indivíduos. Séculos depois, o projeto de lei "Escola sem partido", em tramitação no congresso, ameaça desconstruir o que o renascimento cultural, o iluminismo e tantas outras correntes ideológicas conquistaram: O empirismo e a liberdade de expressão. Segundo o projeto, será banida da sala de aula toda e qualquer opinião e discussão a cerca de temas polêmicos -os mais importantes na busca da tolerância- se mostrando um risco ao futuro educacional do Brasil. Apesar de prometer o cumprimento da constituição, o projeto de lei é em boa parte contrário a ela. Além de querer silenciar os professores, procura impedir o desenvolvimento da criticidade dos alunos que só pode ser gerada a partir do confronto de pontos de vista diferentes e a seleção de sua crença. Feito isso, ao invés de obter neutralidade, ocorrerá a alienação e a imposição da passionalidade com o mundo a sua volta. Ademas, parafraseando-se Karl Marx, é o diferente que movimenta a sociedade, o choque de realidades. Sem esse não é possível criar novas leis, chegar a novas tecnologias, novas descobertas. Pelo contrário, tende-se a retornar à antigos preconceitos e fatalismos visto que ensina os alunos a não saberem lidar com o diferente, arriscando um retrocesso imenso não só nas bases da educação escolar como na sociedade como um todo. Portanto, apesar de propor o fim da doutrinação nas instituições de ensino, tal lei estará realizando o oposto, ameaçando o futuro da educação nacional assim como aos futuros cidadãos, devendo ser vetada. Para isso, faz-se necessário a mobilização de ONG's e sindicatos em trabalhos de conscientização dos demais, organizando passeatas, eventos e abaixo-assinados contra esse projeto. Quando ao restante da população, incluindo artistas e pensadores, devem se manifestar contra e propor novos projetos de lei que punam professores que oprimam e intimidem seus alunos ao invés de punir gerações futuras com a estagnação. Apenas com a criticidade é possível um escola sem partidos.