Um dos principais pilares sobre o qual o conhecimento, a civilidade e a ética são construídos é a instituição escola. Ela se tornou necessária a todos os indivíduos, mesmo quando a educação recebida ao longo de suas formações divergisse. Por isso, sua importância é extrema para a desconstrução de determinados paradigmas sociais e é nesse momento que a escola se beneficia da pluralidade que apresenta. Para formar cidadãos críticos, elas devem promover debates, seminários, rodas de conversa, entre outras atividades. Nesse processo, a participação ativa dos alunos e professores é essencial, já que haverá a exposição de diversas opiniões. Dessa forma, a cidadania será exercida na forma da articulação de novos saberes, respeito a argumentação contrária a seu ponto de vista, além da liberdade de expressão. É por isso que “a pluralidade é a base do processo educativo”, segundo o professor Fernando Penna da Universidade Federal Fluminense (UFF). Mesmo assim, ainda existem movimentos contrários a disseminação de diversidades ideológicas. Um deles é o “Escola Sem Partido”, que defende a não expressão dos educadores ao acreditarem que eles “doutrinam” o comportamento de seus alunos. Porém, como é sabido, a exposição de diferentes ideias fomenta a argumentação sólida e esta inibe a possibilidade do autoritarismo ideológico por parte de determinado setor político ou social. Assim, a função da escola não é assegurar um pensamento uniforme, mas preparar o aluno para a vida, já que o mundo, em si, é plural. Cabe a ela encorajar os discentes a se posicionarem, assim como os pássaros são a voarem, quando não engaiolados, de acordo com o escritor Rubem Alves. Portanto, a melhor forma de ensino é a que combata a alienação, ou seja, a que estimule a pluralidade de pensamento e não a recrimine. Tanto as escolas, quanto as famílias e até mesmo instituições religiosas devem incitar debates, realizar exposições culturais e a busca pelo respeito a opiniões divergentes. Também, a mídia, que por ditar tendências, pode ser uma fonte de influência ao abordar temas como diversidade étnica, sexual e cultural.