Segundo alguns historiadores, na Grécia Antiga as decisões que orientavam os rumos das cidades-Estados, como Esparta, eram tomadas por um conselho de idosos.Esse fato demonstra a essencialidade que era atribuído a esse público de longa idade nas civilizações antigas. Não obstante, no contexto do Brasil hodierno, diante do aumento desse grupo social, surgem debates e desafios a cerca dessa questão. O que outrora era tido como essencial, no Brasil, aparenta não ter utilidade. A priori, diante dos avanços da Medicina, houve um acentuado aumento no número de idosos no Brasil. Nesse sentido, é perceptível que avanço não é sinônimo de progresso. O velho, o chato, o lento. Tudo isso denota uma mentalidade errônea e pejorativa que se estabelece em torno desse conjunto de pessoas, da qual tem como consequência os casos de preconceito e institucionalização de um estereótipo mórbido que atribui ao envelhecimento a ideia da morte. Por conseguinte, expressões como: "Seja útil", "mais rápido", "mais novo que o novo", simbolizam com clareza a perspectiva que o Capitalismo atual impõe aos idosos. Essa perspectiva cria uma ideia de funcionalidade ao qual é imposto ao idoso que ele deve sempre estar a disposição da sociedade para, dessa forma, estar incluso e fazer parte desse novo modelo de sociedade ao qual preza pelo funcional. Dessa maneira, é notável que, diante do aumento desse grupo da melhor idade, é imprescindível que, além da conscientização da própria sociedade sobre esse fenômeno por meio de campanhas publicitárias promovidas pela mídia e palestras promovidas por ONGs , é essencial também, criar espaços de inclusão na sociedade para que o idoso se sinta útil e participativo, além da criação e aplicabilidade de leis, por parte do Estado, que tenha como escopo o respeito a esse público que sofre com o preconceito e exclusão todos os dias nas cidades brasileiras.