Devido ao avanço social das últimas duas décadas no Brasil, a taxa de participação dos jovens no mercado de trabalho diminuiu. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística caiu de aproximadamente 51% em 2004 para 41% em 2013. Acompanhado desse queda está o aumento da qualidade de vida dos idosos, o que consequentemente elevou o número dos mesmos aptos para o trabalho. Entretanto, tal faixa etária ainda esbarra com o preconceito e a inadequação das condições de trabalho para com as mudanças físicas típicas da "melhor idade". O desenvolvimento tecnológico é usado em algumas situações como argumento a fim de justificar tal preconceito para com os idosos. Pois, algumas pessoas acreditam que a inabilidade dos mais velhos com as novas tecnologias os desqualificam para um trabalho eficiente. Tal postura não considera as qualidades adquiridas com o avanço da idade, como o pensamento estratégico, a sabedoria, a noção de qualidade, as quais podem ser decisivas na hora de gerenciar conflitos entre diferentes visões de como executar um serviço - como organizar a ordem das etapas em uma linha de produção têxtil, por exemplo. Além disso, alguns locais ainda não adaptaram suas estruturas para atender as diferentes mudanças físicas adquiridas pelas pessoas com o passar do tempo. Isso pode ser comprovado pelo excesso de escadas em prédios antigos, pela falta de horários flexíveis, por áreas de produção sem mobilidade, ou seja, com espaços apertados para transitar. Portanto, as empresas devem estabelecer códigos de comportamento a fim de integrar as diferentes faixas etárias e evitar atos preconceituosos. Além disso, o governo deve dar incentivos fiscais as empresas dispostas a fazer mudanças estruturais em benefício do trabalhador experiente.