O aumento da expectativa de vida é consequência direta do desenvolvimento econômico de um país. Esse aumento implica uma restruturação das políticas públicas que atendam a nova população idosa. Logo, o Brasil, sendo um dos países que mais cresceu economicamente na última década, tem como desafio se restruturar afim de garantir direitos básicos e dignidade para os idosos. De acordo com o BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento -, a maioria dos aposentados brasileiros recebem menos de mil reais. Essa quantia se mostra insuficiente, uma vez que muitos continuam trabalhando para complementar a renda. Segundo o IBGE, um terço dos idosos no Brasil estão inseridos no mercado de trabalho formal, sem levar em consideração outra expressiva parte no mercado informal. Assim, uma medida governamental que melhoraria a condição financeira e social do idoso, sem um efetivo aumento salarial, seria uma isenção parcial de impostos para o público, principalmente para produtos farmacêuticos e serviços médico-hospitalares que são responsáveis por boa parte dos gastos na terceira idade. Outra medida interessante é formalizar o trabalho para aposentados. Uma política específica com jornadas de trabalho reduzida garantiria direitos trabalhistas para os que querem continuar trabalhando e também diminuiria um futuro déficit de mão de obra ativa no país. É necessário, portanto, que o Brasil se adeque a essa nova realidade: o envelhecimento de sua população. Com medidas contundentes, como as aqui citadas, o governo pode garantir dignidade para os idosos, que tanto contribuíram para o desenvolvimento do país.