Há décadas o Brasil passa pela transição demográfica, que consiste na diminuição da base da pirâmide etária e no alargamento de seu topo. Estas características trazem a perspectiva de uma população mais velha no futuro próximo. O que irá influenciar diretamente em questões financeiras, econômicas e sociais no país. As despesas de manutenção da família, aliado a maior incerssão da mulher na cadeia produtiva provocam maior cautela na decisão de ter filhos(planejamento familiar), contribuindo para a diminuição de jovens e aumento de idosos. O envelhecimento da população vem acompanhado com a aposentadoria e por consequencia maiores custos ao governo. Isto a longo prazo gera problemas ao mercado de trabalho, pois diminui consideravelmente a mão de obra disponível. Tal quadro é explícito na França, país este que o governo foi coagido, por exemplo, a promover reformas que estimulassem às famílias a terem mais filhos. O topo da pirâmide etária é uma população improdutiva do ponto de vista econômico, já que sobrevivem da aposentadoria e pensões, dinheiro este que sai do governo. Diferente da população jovem que pode 'aquecer' a economia com seu trabalho. Os idosos são mais vulneráveis a quedas, doenças em geral e precisam de acompanhamento regular e especializado, criando gastos públicos nas áreas da saúde com hospitais, médicos e remédios. Assim, são necessários programas de incentivo ao planejamento familiar que garatam segurança financeira e apoio educacional, afinal, é necessário que a mão de obra do futuro seja qualificada. Esses investimentos devem também proporcionar uma vida mais digna e saudável, para que os idosos gerem menos gastos ao governo e possam manter-se ativos no trabalho por mais tempo.