À partir dos anos 70, o nascimento de crianças passou a decair no Brasil, enquanto cresce o envelhecimento populacional. Nas próximas décadas, o grande desafio brasileiro será o de como lidar de forma séria com o atendimento das demandas específicas voltadas a população idosa. É possível verificar, inclusive, um novo perfil sociológico dos cidadãos mais velhos do século XXI. O aumento do consumo, a vontade ou necessidade de trabalhar fazem parte deste novo perfil, assim como, maior exigência por cultura, lazer, saúde pública e amparo familiar e social. Entretanto, os problemas sofridos por essa parcela da população são grandes e complexos. A Previdência Social brasileira, por exemplo, há anos apresenta déficit em suas contas, com tendência ao agravamento, por crescer o número de beneficiários ante o de contribuintes. Outra preocupação, ainda, é decorrente das doenças típicas às quais acometem os idosos como dificuldades de locomoção ou os crescentes casos de demência de Alzheimer. Idosos nestas situações necessitam de melhor infra-estrutura como adequação das ruas e do transporte público e maior acessibilidade à profissionais de saúde. Sendo assim, é urgente a criação de mecanismos para se evitar o paradoxo do Brasil ser um país de idosos, mas que não oferece boas condições e estrutura para sua população. Investimentos em saúde pública específica, melhor transporte, cultura, lazer e trabalho são, todavia, o caminho para solucionar esse impasse.