Envelhecimento populacional: o fenômeno que antes se restringia aos países desenvolvidos está hoje ocorrendo em escala global, abrangendo também países subdesenvolvidos, como o Brasil, por exemplo, o que indica uma melhoria nas condições de vida da população. No entanto, por mais que esse processo seja, muitas vezes, considerado um indicador de desenvolvimento social, ter um aumento no número de pessoas na terceira idade exige qualidade de vida e planejamento socioeconômico, pois, com a diminuição da população economicamente ativa, o país terá novos desafios a enfrentar. Entre eles têm-se os gastos com a saúde e a elevação nos custos com a previdência social. Diferentemente do que ocorria na primeira metade do século passado, no Brasil, um bebê nascido nos dias atuais tem uma expectativa de vida de aproximadamente 75 anos, de acordo com os dados da OMS. Contudo, nem sempre uma extensa longevidade é sinônimo de viver bem. A maioria das pessoas brasileiras que chegam a terceira idade vivem, aproximadamente, dez anos com saúde comprometida, fato que faz com que haja mais cuidados médicos e mais gastos com saúde. Além disso, devido ao aumento de beneficiários recebendo auxílios salariais e a diminuição de pessoas contribuindo com o regime previdenciário, não só os custos com a previdência social serão elevados, mas também, as aposentadorias destinadas aos beneficiários atuais e futuros serão comprometidas. Desse modo, percebe-se que o fato de a população brasileira estar se tornando idosa rapidamente requer planejamento e cuidados. Então, em busca da promoção de um envelhecimento saudável à população, faz-se necessário um realinhamento nos sistemas de saúde às necessidades dos idosos, inserindo profissionais especializados em doenças crônicas - como ortopedistas, geriatras e cardiologistas, por exemplo - e que acometem, principalmente, as pessoas da terceira idade. Além disso, em relação aos problemas socioeconômicos que afetam toda a sociedade, cabe ao governo ajustar as medidas previdenciárias, buscando reequilibrar a economia do país e evitar uma possível crise financeira, a qual causaria uma desestabilização econômica e uma consequente queda na qualidade de vida de uma parcela significativa da população.