A Revolução Agrícola (Pré-História), a Revolução Industrial (Idade Contemporânea) e a mais recente Revolução Tecnocientífica são alguns fatos históricos que proporcionaram melhorias na qualidade de vida do homem ao longo do tempo. Apesar disso, esse processo traz consequências. O Brasil, nos últimos anos, tem passado um significativo desenvolvimento econômico, o que resulta numa melhoria das condições de vida da população local, fazendo com que a pirâmide etária tome uma nova forma. Essa organização populacional de crescimento da população idosa envolve importantes fatores econômicos, sociais e até mesmo psicológicos, com os quais o país deve encontrar uma forma de lidar com eficiência. A maior parte das pessoas de idade estão fisicamente e/ou mentalmente incapacitadas de continuarem exercendo algum tipo de trabalho, tornando-se, portanto, economicamente inativas. Diante disso, o idoso se torna improdutivo e vive às custas do governo ou da família. O indivíduo de idade avançada, diante dessa situação, começa a enxergar a si mesmo como um mero fardo para outros, podendo gerar uma crise generalizada de baixa autoestima. Tal quadro pode até mesmo levar ao chamado “suicídio altruísta”, que é definido pelo sociólogo Émile Durkheim como o ato de se matar por ver a si mesmo como alguém inútil e oneroso para os outros. Então, o que fazer para tentar reverter esse panorama? A resposta não está diretamente no idoso, mas naqueles que um dia certamente se tornarão um com o tempo. Deve-se cuidar da população ainda jovem a fim de torná-los cada vez mais saudáveis e ativas quando atingirem a velhice, podendo gerar, então, um aumento da população economicamente ativa dentro do setor daqueles com idade avançada, auxiliando numa maior produtividade para a economia e diluindo os frutos do benefício tanto para os idosos quanto para o resto da população. Porém, tal processo deve ocorrer de forma gradativa e com cuidado, pois o idoso deve exercer atividades menos trabalhosas devido às suas limitações, mesmo que num quadro saudável. Depreende-se, portanto, que os idosos, hoje, sofrem uma grande pressão social devido à situação econômica de dependência. Logo, vê-se necessária medidas como investir em instituições públicas ou criação de ONGs que ofereçam atividades de lazer, cultura e entretenimento voltadas para o público idoso, a fim de estimulá-las a viverem de forma mais saudável e com maior autoestima. Além disso, aumentar os investimentos no setor da saúde pública e estruturar uma carga horária laboral decrescente ao longo do tempo de trabalho, com uma saída gradual do mercado de trabalho, juntamente com um sistema de empregos capaz de oferecer oportunidades de vida aos idosos, com atividades que necessitam de um menor esforço físico.