Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 20/07/2017

Nelson Mandela já dizia em um dos seus mais famosos discursos, que nenhuma pessoa nasce odiando, mas sim, é ensinada a odiar. Certamente tal premissa descreve a situação vigente no Brasil: o preconceito, enraizado da sociedade brasileira, ensina de maneira errônea crianças e adolescentes a lidarem com a diversidade sexual. Dessa forma, destaca-se que o ensino sobre a temática é uma necessidade, e não um fato opcional. Em uma primeira abordagem, é válido salientar as origens do preconceito. De acordo com o filósofo Frederic Hegel, tudo o que uma pessoa pensa é resultado do desenvolvimento histórico. Destarte, pode-se perceber que no Brasil há um rompimento dessa lógica, uma vez que, embora a história tenha se desenvolvido para a modernidade vigente na atualidade, a discriminação originada em séculos passados ainda persiste na hodiernidade brasileira, demonstrando uma sociedade conservadora e atrasada. Desse modo, as pesoas que são consideradas "diferentes" para a população se veem desamparadas em frente a intolerância do dia a dia, principalmente em ambientes escolares, locais em que a grande maioria dos jovens estão em fase de formação de opinião. Vale destacar como exemplo da problemática, os dados da pesquisa realizada em escolas públicas pelo FIPE, em que diz que cerca de 80% das pessoas entrevistadas afirmaram ter preconceito com relação a orientação sexual. Outrossim, é de extrema importância analisar o papel da educação como forma de combate ao preconceito. Para Imannuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Com base nessa proposição, nota-se que o ensino sobre a temática da diversidade de gênero nas escolas serviria como uma ponte de acesso dos jovens, ao que eles consideram "diferentes", visto que o âmbito escolar é o principal local em que eles têm contato com a heterogeneidade dos próximos. Sendo assim, as escolas promoveriam não a doutrinação, mas sim, promoveriam a aproximação e o respeito, elemento fundamental para a convivência em grupo. Fica claro, portanto, que a educação é uma questão fundamental para promover o respeito e acabar com o preconceito enraizado na sociedade. Nesse sentido, cabe ao Governo Federal, juntamente com a mídia, por meio de ficções engajadas e propagandas televisivas, divulgar, não somente a crianças, mas também a adultos-que já possuem opiniões formadas-, a necessidade de promover o respeito como forma de viver bem em sociedade. Ademais, o Ministério da Educação, junto com as Secretarias Estaduais e Municipais, por intermédio de aulas e palestras em escolas e universidades, deve realizar debates e programas de conscientização acerca do tema da diversidade de gênero, com o fito de estabeler uma nova geração que reconhece a diferença do outro e saiba respeitar essas diferenças. Talvez dessa maneira, assim como Mandela disse, o Brasil possa ensinar a não odiar o próximo, mas ensinar a amar.