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Redação sem título.

Proposta: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 31/05/2017

"Temo o homem de um livro só". As palavras de São Tomás de Aquino protesta contra um sociedade dirigida por uma única doutrina, a qual se manifesta, na atual sociedade brasileira, em meio a um sistema educacional precário e com professores pouco qualificados para debaterem sobre gênero e diversidade sexual. Em um país que possui uma educação com heranças conservadoras e patriarcais, a luta sociopolítica para promover a igualdade de direitos entre homens e mulheres torna-se ainda mais desafiadora. Nesse sentido, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, 2/3 do total de analfabetos são mulheres. Esse fato demonstra que as condições cidadãs não são equivalentes nem no sistema educacional, nem no mercado de trabalho, onde a população feminina obtém maior carga horária e menor salário. Somado a isso, os despreparo das escolas para combater o bulling e as manifestações homofóbicas contribuem para a proliferação de insultos, segregações e agressões contra homossexuais. Em virtude disso, um estudo publicado pela revista Science & Medicine aponta que minorias sexuais que vivem em comunidades mais conservadoras enfrentam uma menor expectativa de vida de até 12 anos. Isso porque, a repressão de parte da sociedade faz com que os LGBTs sejam obrigados a conter suas relações de afeto, sob o risco de serem excluídos socialmente. Infere-se, portanto, que o Governo Federal deve atuar em parceria com o Ministério da Educação para eliminar as "raízes discriminatórias" da educação brasileira, por meio da qualificação de professores com a aplicação de habilidades nos cursos de formação que favoreçam o ensino sobre a diversidade sexual. Além disso, é necessário elaborar matérias na grade escolar que abordam a pluralidade de gêneros, a fim de evitar a construção de uma sociedade de um único livro.