Desde a chegada dos colonizadores no século XV, o preconceito esteve presente na sociedade brasileira e, atualmente, a quantidade de crimes de ódio voltados à população LGBT e o feminicídio vem crescendo no país. Desse modo, é de suma importância que haja discussões sobre ideologia de gênero nas escolas, principal ambiente no desenvolvimento da criança. De acordo com Clement Attlee, a democracia não é apenas a lei da maioria, é a lei da maioria respeitando o direito das minorias. Portanto, uma vez que esse é nosso sistema de governo, não cabe aos pais dos alunos decidirem se haverá ou não a discussão sobre ideologia de gênero na escola. Uma vez que essa é uma medida para incluir minorias na sociedade e destruir preconceitos, ela deve ser fomentada, independentemente do conservadorismo de alguns pais. Ademais, a escola deixou de ter seu papel exclusivamente voltado para à formação do conhecimento técnico e científico. O ambiente escolar, em que os alunos passam boa parte de seu dia, procura ajudar no desenvolvimento da criança como um todo, surgindo assim a necessidade de se conversar sobre preconceito e inclusão. Aqueles alunos que não se encaixam nos padrões da sociedade, como os homossexuais, devem se sentir acolhidos pela comunidade escolar, e seus colegas devem sempre respeitá-los. Portanto, medidas são necessárias para acabar com o preconceito e aumentar a inclusão das minorias afetadas. Primeiramente, é importante que os pais dos alunos também entendam a importância de se discutir ideologia de gênero nas escolas. Logo, é preciso que haja uma ação em conjunto das escolas públicas com os responsáveis dos alunos, trazendo-os para debates coletivos nas escolas acerca do tema. Além disso, o MEC deve adicionar a disciplina de inclusão social na grade curricular das escolas, havendo então discussões sobre os diversos tipos de preconceito existentes na sociedade brasileira. Assim, as escolas formarão cidadãos mais fraternos, justos e tolerantes.