O conceito de gênero, segundo a Sociologia, se refere ao papel que o indivíduo possui dentro da sociedade e como ele se identifica no corpo social. Nesse sentido, o ensino sobre gênero é não só uma forma de combater o preconceito enraizado contra grupos minoritários, mas também reflete a necessidade de discutir o assunto. É necessário, portanto, políticas públicas para ampliar o debate acerca da construção da identidade do cidadão. É fato que com o avanço dos meios de comunicação, principalmente a internet, se tornou possível ampliar a discussão sobre a diferença de gênero e diversidade sexual, uma vez que o espaço online permite a liberdade de expressão. No entanto, existem pessoas que não se sentem representadas pelas atuais definições de gênero, em que existem apenas duas opções de escolha: masculino ou feminino. Tais pessoas que não se encaixam no padrão definido como "normal" sofrem diariamente com o preconceito, tanto no ambiente virtual quanto no mundo real. A maioria desses indivíduos fazem parte da comunidade LGTB, que busca ter o seu direito à vida – garantia defendida pela ONU – respeitado e, sobretudo, luta para combater discriminação presente no cenário brasileiro. Além disso, na conjuntura atual, há uma diversidade de gênero e os papéis desempenhados por homens e mulheres não são os mesmos de décadas anteriores, ou seja, a identidade de gênero passou por transformações ao longo do tempo, refletindo a complexidade existente nas relações humanas. A partir disso, verifica-se a relevância de abordar o gênero como construção social e cultural que varia no decorrer da História. Embora tenham ocorrido avanços, ainda é difícil discutir tais questões. Prova disso foi a exclusão do texto sobre a questão de gênero e orientação sexual do Plano Nacional de Educação, algo que contribui para a continuidade da intolerância no ambiente escolar e, acima de tudo, na sociedade brasileira. Dessa forma, medidas são necessárias para solucionar o impasse. Assim, a Mídia deve atuar, por meio de campanhas publicitárias, ressaltando a necessidade do debate sobre a questão de gênero em todos os setores da vida social, com o objetivo de promover uma maior conscientização sobre o assunto e minimizar o preconceito contra a comunidade LGBT, criando um espaço democrático e de respeito às diferenças. Ademais, o Ministério da Educação, em parceria com secretarias municipais e estaduais de educação, deve instituir palestras obrigatórias em escolas públicas com pedagogos e psicólogos sobre diversidade de gênero e opção sexual, para que jovens e adolescentes sejam conscientes e tolerantes com o próximo, contribuindo para a construção de uma sociedade igualitária. Afinal, como afirmou a escritora Helen Keller: "O resultado mais sublime da educação é a tolerância".