Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 23/11/2016

A questão de gênero e diversidade sexual é, ainda hoje, tabu em todos os âmbitos da sociedade, entre eles, o escolar. O projeto de lei que previa a instituição de "kits" contra a homofobia nas escolas, por exemplo, foi amplamente criticado pela sociedade, corroborando o estigma vigente. Nessa perspectiva, cabe uma maior discussão sobre a importância da inserção de tal temática nas escolas do Brasil. Em primeiro plano, vale salientar que as instituições de ensino possuem papel imperioso na formação de uma sociedade mais tolerante. Consoante a tábula rasa de John Locke, a mente humana é, no nascimento, como uma tela em branco, e toda a visão de mundo do indivíduo é formada por meio da experiência. Por conseguinte, é na infância que há a formação de preconceitos e uma boa educação é capaz de evitá-los. Assim sendo, a discussão sobre diversidade sexual e de gênero nos colégios brasileiros é imprescindível, haja vista que há, no Brasil, a constante violação dos Direitos Humanos devido à lógica heteronormativa e patriarcal em que o país está inserido. Dados levantados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) afirmam que o Brasil é campeão mundial de crimes homotransfóbicos e a falta de informação da população pode ser apontada como catalisadora desse fenômeno. Destarte, infere-se que é de extrema importância a abordagem de temas como gênero e diversidade sexual no ambiente escolar. A princípio, o Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Cultura, deve promover palestras, ministradas por representantes da comunidade LGBT, a fim de conscientizar e fomentar uma postura proativa da parcela mais jovem da população. Os profissionais da educação, por sua vez, devem ser missionários de valores como empatia e tolerância. Por fim, o estudo das temáticas supracitadas deve ser inserido no currículo escolar, dando-se, assim, mais um passo em direção a um país que sabe conviver com a diversidade intrínseca à raça humana.