Título da redação:

Quem quiser gostar de mim, eu sou assim.

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 02/09/2017

A sociedade contemporânea ainda apresenta certa resistência as diversidades de gênero e de sexualidade presentes na humanidade. A importância dada para a sexualidade do outro é preocupante. Em relação a isso, é relevante destacar que o ensino sobre gênero e diversidade sexual torna-se necessário para a redução do preconceito, tendo em vista não só as consequências de ações descriminatórias, mas também, a urgência de amenizar a ignorância social para com essa questão. No que se refere aos traumas da vítima de preconceito, observa-se que o individuo, por apresentar orientação sexual ou identidade de gênero divergente do padrão estabelecido, tende a ser isolado socialmente ou sofrer consequências mais graves como atos de violência. Como dito por Aristóteles, o homem é um ser social, incapaz de viver uma vida saudável distante de seus semelhantes, ou seja, o isolamento aprofunda o sofrimento dessa pessoa, podendo levá-la a cometer atos irreversíveis, como o suicídio. Complementar ao preconceito, temos a ignorância social para com as questões de sexualidade. A maioria das pessoas que agem preconceituosamente, simplesmente age assim, por desconhecer totalmente os conceitos de identidade de gênero ou orientação sexual. Além disso, acreditam que a homossexualidade ou transsexualidade são escolhas do indivíduo ou frutos de sua educação. No entanto, estudos comprovam que a homossexualidade é um fenômeno de natureza biológica. Pesquisas com gêmeos univitelinos demonstraram que quando um deles é homossexual, a probabilidade do outro também o ser varia de 20% a 50%, mesmo quando esses são criados separados. Ou seja, essa característica é tão biológica quanto a heterossexualidade. O ensino sobre gênero e diversidade sexual, portanto, é necessário nas escolas para a redução do preconceito. Mas para isso, é fundamental a atuação do Ministério da Educação e da família. O primeiro, implementando o ensino sobre as diversidade humanas, tanto sexuais quanto sociais, de forma adequada para as determinadas faixas etárias, e a segunda, educando e informando as crianças e adolescentes sobre a importância de respeitar as outras pessoas. Afinal, aceitar ao outro é uma questão de escolha, mas respeitar é um dever.