Título da redação:

O mito que se prevalece

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 06/08/2017

A escola é o primeiro meio de contato que uma criança tem com o mundo exterior, é a responsável não apenas pela base pedagógica, mas pela construção da formação social como cidadão. Diante disso, a questão da diversidade de gênero entrou em pauta no contexto atual escolar, haja vista que as altas taxas de crescimento da homofobia vêm se acentuando cada vez mais, ocasionada pela ausência de respeito mútuo entre as pessoas e a opressão da sociedade influenciada por uma mentalidade machista e patriarcal. O mito da caverna de Platão que tece uma crítica à injusta morte de Sócrates, filósofo grego que questionou os padrões sociais de sua época, representa bem a realidade vivenciada atualmente, pois a diversidade sexual é um dos preceitos da diferença na sociedade, e que infelizmente sofre perseguições e muitas críticas por setores conservadores. Nesse sentido,assim como no mito, a diferença é vista como algo perigoso e que deve ser reprimido, ocasionando a invasão ao direito pessoal do outro usando para isso a agressão física e moral tendo como ponto de origem o ambiente escolar. Outro ponto a ser levado em discussão são os preconceitos fúteis que se apresenta nas instituições de ensino, críticas essas, feitas pelos responsáveis em razão da ampliação do horizonte da criança sobre o gênero, como “A escola vai tornar meu filho gay”, preceitos esses estimulados pelas próprias pessoas que interferem na visão de mundo da criança ou do adolescente, além de afetar sua capacidade crítica e emocional interferindo em suas próprias decisões. Diante da análise feita, a escolha do gênero é uma opção pessoal e a escola apenas oferece mecanismos que independentemente da escolha respeite uns aos outros, pois o direito de uma pessoa termina onde começa a do outro. Assim sendo, é necessário o ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas para desconstruir conceitos machistas e patriarcais. Para isso o governo junto ao MEC deveria estimular as escolas independentes se forem civis, militares, religiosas, particulares ou públicas a fim de debater sobre o assunto, usando como veículo palestras e reuniões mensais com os responsáveis, além de colocar na grade curricular como conteúdo obrigatório. Além disso, a família como principal intermediadora através de constantes diálogos com seus filhos a fim de participar da vida escolar e pessoal auxiliando-os em suas decisões.