Título da redação:

O conhecimento rompe barreiras

Proposta: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 25/10/2018

Um garoto de cinco anos foi expulso de um clubinho para crianças, pois o padre afirmou que ele poderia confundir as outras crianças. Isso porque o garoto estava usando um vestido de princesa e as sociedades, há muito tempo, defendem a ideia de que gêneros distintos devem ser se portar de forma diferente, logo o menino não poderia usar “roupa de menina”. Contudo, essa ideia não deveria mais ser defendida. O que não acontece, pois, no Brasil, por exemplo, a principal fonte de conhecimento, as escolas, não discute a respeito disso, visto que há quem acredite, erroneamente, que o ensino sobre gênero e diversidade sexual é doutrinação e não educação. O Ministério da Educação (MEC) distribuiu uma cartilha, confeccionada por psicopedagogos, que tratava sobre a diversidade de gênero. Ela fazia parte de uma campanha de conscientização sobre a diversidade sexual e contra a LGBTfobia. Contudo, alguns políticos acusavam-na de ser “Ideologia de gênero”. Isto é, eles acusavam as cartilhas de estar confundindo as crianças, ao afirmar que não se nasce com um gênero, e sim se escolhe depois de uma experimentação. No entanto, primeiramente, essa ideologia de gênero não existe. Ela foi criada por políticos que queriam ganhar voto de conservadores e religiosos, atacando a moral da oposição, que criou a cartilha e que está no governo. Além do mais, a cartilha, assim como o ensinamento sobre gêneros e diversidade, é, extremamente, necessária, pois ela rompe com barreiras de gênero e preconceitos, que na maioria das vezes são fundados na falta de conhecimento. Sendo assim, ela é importante para evitar, por exemplo, agressões, assassinatos e discriminações de gays, transexuais, travestis e de crianças como a supracitada. Infere-se, portanto, que o ensinamento de gênero e de diversidade sexual é uma necessidade para a construção de uma sociedade mais tolerante. Sendo necessário, antes, que as escolas juntamente com psicopedagogos e grupos pró-LGBT fizessem palestras com os pais e com a comunidade para explicar o que são essas aulas, como elas funcionam, para que elas servem e, até mesmo, ensinar um pouquinho do conteúdo para o público. Desse modo, além de evitar o medo da ideologia de gênero, os próprios pais poderão se conscientizar e, assim, auxiliar na educação dos filhos.