Título da redação:

Nova dinâmica

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 09/04/2017

Um estudo científico publicado na revista, britânica, Nature revelou que, durante o paleolítico, homens e mulheres possuíam as mesmas influências dentro das tribos. Nesse período, educação e a construção social eram promovidas pela relação homem e natureza. Hoje, as escolas possuem essas funções ao apresentar temas fundamentais à integração social. No entanto, a sociedade ainda patriarcal e estereotipada limita certas discussões dentro desse ambiente. O debate sobre os gêneros e sexualidade ganha destaque nesses limites, minimizando a formulação de uma população integrada às diferenças. É indiscutível dizer que o sistema patriarcal define as mulheres como seres dependentes do homem. No ano de 2017, a Women's March - Marcha Pelas Mulheres, ocorrida nos Estados Unidos é um exemplo de busca pela equidade entre gêneros. Contra esse movimento está a naturalização de conceitos, como mulher provedora de filhos e dona de casa idealizada, que limitam os potenciais sociais femininos. Nessa situação, a escola é fundamental para abranger a visão do indivíduo ao comparar períodos históricos diferentes ao atual acerca da relação entre os gêneros. Logo, a possibilidade de formar seres mais críticos amplia-se e reflete em uma população melhor estruturada. Ademais, o predomínio da visão biológica sobre gêneros cria estereótipos. Os principais atingidos são os integrantes do grupo LGBT que, na maioria das vezes, por não serem identificados socialmente perdem direitos civis destinados apenas aos gêneros feminino e masculino. Os componentes do grupo ganham visibilidade, a cada dia, por meio da internet e manifestações ao buscarem modificações na estrutura social rígida. Dessa forma, um novo contexto na dinâmica das populações é construído, havendo a necessidade da escola se integrar e inserir os estudantes nessas mudanças. Fica claro, portanto, que a relação entre gêneros, educação e construção social é oriunda desde o paleolítico. Para que ela tem um saldo positivo é preciso que o Ministério da Educação, em parceria com Ministério da cultura, insira nas escolas o estudo social e os papéis diversos de atuação dos cidadãos ao longo da história, por meio de aulas com professores de sociologia e filosofia, por exemplo. Aliado a isso, a mídia pelas novelas e séries precisa mostrar a nova dinâmica social, diluindo o senso bilateral de gêneros. Por fim, levando em consideração o pensamento de Simone de Beauvoir que os padrões de gênero são construções sociais, não biológicas, a própria sociedade deve buscar a refletir acerca das imposições e conceitos educacionais os quais sustentam e impedem seu dinamismo.