Título da redação:

Mentes livres

Proposta: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 19/02/2017

“É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito. ” A citação do físico Albert Einstein representa adequadamente a sociedade atual, onde as pessoas formam conclusões precipitadas sobre determinado assunto sem estudo prévio, o que gera a formação de idealismos irracionais. Por tanto, é importante a conscientização e o debate sobre diferentes tópicos desde a fase escolar. O ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas é necessário, dessa maneira as gerações futuras serão livres dos preconceitos e ideologias de gêneros que existem atualmente. Geralmente ao preencher um formulário existe o campo: gênero e a seguir existem as opções: masculino e feminino. Essa divisão é coerente no campo biológico, porém é extremamente limitada no campo de identidade sexual, a percepção individual sobre o gênero. Essa classificação binária é um descaso com a comunidade transexual e transgênero, essas minorias não tem o espaço e respeito que todo cidadão merece. A falta de informação a respeito da identidade de gênero no ambiente escolar faz com que algumas crianças não se sintam acolhidas desde cedo por não se identificarem com as divisões de gênero apresentadas, o que pode gerar a evasão escolar, um grande problema no Brasil. A resistência para abordar o assunto é fruto das pré-concepções construídas na sociedade machista, patriarcal e opressora em que vivemos. A mentalidade retrógada das pessoas funciona como uma gaiola de Faraday, é um isolante (não permite que as influências elétricas externas entrem) ou seja, não permite que as mudanças sociais mudassem o preconceito de suas mentes. Por tanto, é necessário uma alteração na grade curricular das instituições de ensino. Para isso, as escolas, através dos professores, poderiam promover, com o convite de comparecimento para os pais, rodas de discussão acerca do tema e palestras com pessoas que já passaram por constrangimentos em relação ao preconceito de gênero ou sexual. Ademais, universidades federais poderiam estabelecer programas de estágios em escolas públicas para os graduandos em psicopedagogia a fim de promover palestras de conscientização nas escolas. Logo, as mentes das futuras gerações não funcionarão como gaiolas, serão mentes livres.