Título da redação:

Manual de Ser

Proposta: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 02/12/2016

A proposta do ensino de gênero e diversidade sexual nas escolas emerge das novas realidades sociais existentes, mas não determina uma possibilidade factível para a melhoria dos inúmeros problemas educacionais brasileiros. Embora a escola seja um ambiente que reflete muitas iniquidades sociais, como a homofobia e o racismo, não se pode atribuir ao ensino sobre sexualidade o poder para corrigir tais mazelas sociais, as quais são muito mais relacionadas à cidadania e ao enraizamento de uma sociedade com vasto histórico de intolerâncias. Logo, esse tipo de intervenção na educação mostra-se mais equivocada do que necessária, e tal ponto de vista embasa-se em argumentos como o fato de a existência de gênero ser independente do caráter sexual, além do fato de esse tipo de ensino ser bastante influenciador para as menores faixas etárias. Primeiramente, é imprescindível ressaltar que a definição de gênero é estritamente biológica, razão pela qual não pode ser negada ou alterada arbitrariamente. Os indivíduos nascem com características de um dos dois sexos existentes, masculino ou feminino, e esse fato não pode ser relacionado com a escolha sexual, à medida que tratam-se de conceitos totalmente independentes. Em outras palavras, o gênero é inerente à fisiologia e à genética de uma pessoa, enquanto a sexualidade é um conjunto de comportamentos e escolhas ao longo da vida. A independência desses dois conceitos é tão irrefutável que pode ser verificada em pessoas que realizaram a cirurgia de transmutação de sexo: essas pessoas ganham a aparência e as características do sexo oposto ao delas, sem, contudo, perderem sua identificação genética do gênero de nascimento. Nesse sentido, a discussão sobre gênero e escolhas sexuais nas escolas parece uma tentativa de abstratização de algo tão concreto quanto inegável. Ademais, é preciso salientar também que a instauração de todo esse debate dentro da escola pode confundir ou influenciar as crianças e os adolescentes, haja vista que esses estão em uma fase de formação do caráter e da personalidade. Assim, esse tipo de ensino insere mentalidades e conhecimentos sexuais desnecessários a indivíduos tão jovens e hipossuficientes de um posicionamento crítico, obstruindo, com tanto excesso de informação, o caminho de um aprendizado que ocorreria de forma natural e espontânea ao longo do desenvolvimento do indivíduo. Em síntese, a abordagem desses temas possui uma grande margem para gerar doutrinação ideológica e precocidade de comportamentos e escolhas. Dessa forma, torna-se nítido que o ensino de gênero e diversidade sexual reverbera muito mais os interesses de manipulação ideológica dos grupos políticos idealizadores desse projeto do que visa cumprir a função social da escola, a qual deve sim passar aos alunos a prática da cidadania, da democracia, da justiça, da ética e do respeito, princípios fundamentais para que sejam formados cidadãos capazes de fazerem suas próprias escolhas com coerência e aceitarem as escolhas dos demais. São essas as virtudes indispensáveis para a construção de uma sociedade melhor e mais livre de suas próprias amarras. No entanto, elas perdem o protagonismo em um cenário no qual a intenção de controle ideológico utiliza-se do subterfúgio de dignificar a diversidade e os diversos, esquecendo-se, propositalmente, de que os diversos são todos iguais, fato que, em si, já anularia as premissas desse proposta, cuja necessidade só existe com a seleção de argumentos muito bem distorcidos, revelando por fim o estrategismo do discurso daqueles que defendem tal ensino. Obs: Favor corrigir de acordo com o modelo Unifesp ( dissertativo/norma culta/sem proposta de intervenção/clareza de opinião e crítica). A nota máxima é 50. Copiei do site da faculdade os critérios para facilitar sua correção. Obrigada! Tema: considera-se se o texto do candidato atende ao tema proposto. Estrutura (gênero / tipo de texto e coerência): consideram-se aqui, conjuntamente, os aspectos referentes ao gênero / tipo de texto proposto e à coerência das ideias. Avalia-se aqui como o candidato sustenta sua tese em termos argumentativos e como esta argumentação está organizada, considerando-se a macroestrutura do texto dissertativo (introdução, desenvolvimento e conclusão). Na coerência, será observada, além da pertinência dos argumentos mobilizados para a defesa do ponto de vista, a capacidade do candidato de encadear as ideias de forma lógica e coerente (progressão textual). Expressão (coesão e modalidade): consideram-se nesse item os aspectos referentes à coesão textual e ao domínio da norma-padrão da língua portuguesa. Na coesão, avalia-se a utilização dos recursos coesivos da língua (anáforas, catáforas, repetições, substituições, conjunções etc.) de modo a tornar a relação entre frases e períodos e entre os parágrafos do texto mais clara e precisa. Serão considerados aspectos negativos as quebras entre frases ou parágrafos e o emprego inadequado de recursos coesivos. Na modalidade, serão examinados os aspectos gramaticais como ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação, bem como a escolha lexical (precisão vocabular) e o grau de formalidade / informalidade expressa em palavras e expressões Copiei a parte que julguei mais relevante dos critérios. Porém, se desejar saber mais sobre a avaliação deles, o link é esse: http://www.unifesp.br/reitoria/vestibular/vestibular-misto/192-vestibular-misto-2017-manual-do-candidato-anexo-i-programas-das-disciplinas Basta ir para a última página!!! Grata!