Título da redação:

Ideologia de gênero e o preconceito

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 25/05/2017

No Brasil,é recorrente a prática de crimes contra gays, lésbicas e transexuais, como ocorreu com a transexual Dandara, covardemente agredida e assassinada enquanto era filmada com um celular. É importante entender as raízes do preconceito que gera tal violência para evitar mais crimes como esse no futuro. Para isso, é necessário analisar a educação primária e as discussões de ideologia de gênero ainda na fase infantil e da adolescência nas escolas. A sociedade patriarcal e a cultura machista são duas das principais fontes de preconceito contra a comunidade de gays, lésbicas e transexuais e as consequências disso aparecem nas logo cedo: em estudo feito pelo Ministério da Educação no ano letivo de 2013, aproximadamente 8.300 jovens entre 15e 29 anos foram ouvidos, e 20% deles disseram que não queriam um colega de classe homossexual ou transexual. Os números podem não parecer tão altos, mas se tornam alarmantes quando pensamos que o Brasil é um dos líderes no ranking de assassinatos contra LGBT`s. Por consequência, muitos jovens acabam por deixar a escola, piorando ainda mais o problema da evasão escolar no Brasil. Além disso, o preconceito existente dentro das escolas pode gerar problemas mais profundos como a depressão e suicídio, pelo fato de que o adolescente sente que não tem com contar ou sanar suas dúvidas sobre a própria sexualidade. Ademais, as crianças e adolescentes que se consideram LGBT sofrem por não poder usar o nome social na escola e ainda por serem impedidos de usar o banheiro. Desta forma, torna-se inegável a importância da discussão da ideologia de gênero na escola como principal meio de criar respeito e igualdade entre gêneros, além de criar um meio seguro para crianças e adolescentes LGBT viverem. Para isso, a família deve ser o ponto inicial, ensinando desde cedo o quão importante e necessário é o respeito às diferenças, sejam elas quais forem. Juntamente com ela, a escola também deve incentivar brincadeiras que incluam todos, sem distinção de gênero, em que a convivência com o diferente pode ser estimulada para criar o respeito. É importante também a contratação de profissionais especializados dentro das escolas que possam orientar os alunos em relação às dúvidas que possam ter sobre sua identidade, mostrando-os que é normal ser diferente do estabelecido "homem ou mulher. Assim, alcançaremos uma sociedade condizente com o que se afirma na Constituição Federal de 1988, que garante a todos o direito de ir e vir o direito garantido à educação.