Título da redação:

Gênero e diversidade sexual nas escolas: uma questão de direitos humanos

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 23/05/2017

As questões de gênero e diversidade têm tido cada vez mais espaço na grande mídia. Novelas como “A força do querer” da autora Glória Perez, que retratam as dificuldades das personagens Ivana (Carol Duarte) e Nonato (Silvero Pereira) em submeterem-se a padrões de feminilidade, masculinidade e orientações sexuais, fixados como normais, a partir do ponto de vista dos paradigmas sociais dominantes, enfatizam a necessidade de se colocar tais temas em centro de debate, fazendo com que estes extrapolem os limites da tela e estendam-se às diversas esferas da atividade cotidiana. Diante disto, é importante que temáticas como essas possam ser discutidas também em espaço escolar, de modo que se possa promover no âmbito das instituições de ensino, um convívio democrático das diferenças. De acordo com a Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, em seu artigo 6º, a educação é um direito de todas e todos. Portanto, é dever do estado garantir condições para acesso e permanência escolar. Entretanto, as altas taxas de evasão escolar em grupos específicos da população têm aumentado continuamente. Segundo pesquisa do IBGE em 2011, jovens do sexo masculino compõem o maior grupo afetado pela evasão escolar (37,9%), seguidos pelos LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais). É importante destacar que as identidades, masculina e feminina, baseadas em papéis de gênero socialmente difundidos, são excludentes e nocivas, uma vez que, delimitam o que é ser homem ou mulher, levando a reprodução de padrões de comportamentos inflexíveis. Para o primeiro grupo, tal padrão pressupõe uma identidade pautada na agressividade, indisciplina e na cultura da violência. Para o segundo, tal padrão estimula o ódio e à violência, perpetrados contra essa população, dentro do ambiente escolar. À vista disso, se torna importância a intervenção da escola na mediação dos conflitos entre os alunos. Levando as salas de aula atividades que promovam a aproximação e identificação dos indivíduos, de modo que as diferenças possam ser compreendidas e respeitadas. De forma que a educação promova igualdade, e não hierarquias ou marginalizações. Assim como, é preciso que o estado implemente políticas de combate às desigualdades, garantido a todos o direito à cidadania assegurado por lei. Promover o direito à igualdade de gênero e à diversidade sexual não significa anular as diferenças, mas sim, possibilitar o convívio saudável entre elas.