Título da redação:

Educação de gênero e diversidade sexual: uma questão de direitos humanos

Proposta: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 29/11/2016

É possível afirmar que uma das grandes discussões que permeia a sociedade brasileira é a questão do ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas. Tal assunto é polêmico, uma vez que há uma difusão de opiniões acerca dessa ideia. De um lado, está o conservadorismo, afirmando que esse ato resultará na doutrinação de crianças e jovens, de outro, a verdadeira necessidade de equiparar a educação, atendendo a todos independente do gênero, de forma igualitária e justa, sem constrangimentos, pre-julgamentos e descriminações. Logo, o que se vê é um mundo de contrastes, em que minorias como gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis são vítimas da opressão e invisibilidade humana. No que se refere à introdução da didática sobre gêneros na educação, percebe-se que no Brasil há um atraso significativo em políticas públicas que levem a população a pensar e se conscientizar sobre a equidade de direitos, o que acaba contribuindo para que alguns grupos tenham um pensamento discriminatório e preconceituoso sobre essa problemática. A escola tem o papel fundamental do exercício na formação do sujeito, de quebrar barreiras e promover o desenvolvimento do indivíduo de forma cidadã. Nesse sentindo, o ensino da diversidade de gênero é uma ferramenta indispensável na pós-modernidade, pois ela contribuirá para amenizar os impasses relacionados à compreensão das diferenças e reflexões acerca das desigualdades sociais enfrentadas por aqueles que são oprimidos pela sua individualidade. Somado a isso, outro desafio a ser enfrentado é o alto índice de evasão escolar, motivado por referências de masculinidade ou feminilidade difundida na sociedade. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011, aproximadamente 37,9% de estudantes do sexo masculino abandonaram a escola por sofrem algum tipo de discriminação ligado ao gênero. Essa realidade reafirma a urgência em reparar aquilo que foi suprimido pela disseminação do ódio, violência, intolerância e hipocrisia, dessa forma, é imperativo tonar o ambiente escolar um lugar de socialização e humanização. Sendo assim, é preciso humanizar o homem, fazendo-o enxergar aqueles que são invisíveis perante a sociedade, por intermédio da educação é possível torná-lo um ser mais tolerante e com olhar voltado ao próximo. Desse modo, é fundamental que o governo vise à conscientização da população em geral, por meio de palestras em escolas, empresas e grandes centros urbanos, com professores, psicólogos, psicopedagogos e psiquiatras. Assim, objetivando mostrar principalmente para aqueles que vêm a diversidade de forma negativa, que aceitar às diferenças é contribuir para isonomia e inclusão social. Ademais, a capacitação de profissionais na área da educação é imprescindível , para que eles saibam enfrentar as situações relacionadas as diversidades de gênero, e com isso podendo atender a todos na medida em que cada um necessita.