Título da redação:

Discutir é aprender

Proposta: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 19/11/2016

Tudo aquilo que é desconhecido pode causar preconceito. Como o próprio nome deixa claro, preconceito é uma pré-concepção sobre algo, sem que antes seja realizada uma pesquisa e uma reflexão para que se adquira conhecimento suficiente, a fim de poder opinar de forma plausível, sem ideias pré-determinadas, que muitas vezes podem gerar idealismos irracionais. Isto posto, o mundo contemporâneo trouxe à tona comportamentos diferentes dos padrões até então estabelecidos, comportamentos esses há muito tempo existentes, porém, nunca antes divulgados com tanta veemência quanto agora, por terem sido considerados desvios errôneos para a sociedade de antigamente. Por isso, é preciso urgentemente falar sobre tais comportamentos e mudanças no modo como as relações humanos - especialmente as afetivas - vêm se desenvolvendo. Por conseguinte, é necessário quebrar preconceitos e paradigmas ainda vivos na sociedade com a relação à identidade de gênero e à diversidade sexual. Para isso, nada melhor do que o ambiente escolar para se discutir, debater, conhecer, pesquisar, aprender sobre as diferenças entre as preferências sexuais e afetivas das pessoas, sobre o direito que cada um tem de escolher o que é melhor para si. A escola é um local de aprendizado, e discutir sobre novos e velhos temas é uma das melhores maneiras de compreender e ser compreendido. Portanto, o governo precisa incentivar o debate sobre a diversidade sexual. Para que isso se efetive, professores e alunos devem ter liberdade para trabalhar esses assuntos em sala de aula, o que contribuirá, certamente, para a diminuição do preconceito. A sociedade em geral precisa entender que, ensinar e debater um tema não significa doutrinar, mas promover o conhecimento e o respeito - palavra chave quando o assunto é a diversidade sexual. Por isso, são necessárias campanhas de conscientização social, para que as pessoas possam compreender que o assunto precisa ser debatido nas escolas. Sendo assim, estudar sobre as questões de gênero e aprender sobre a homossexualidade e a transgenia, por exemplo, não é fazer com que crianças e adolescente se tornem homossexuais ou mudem suas identidades, mas é sim uma forma de fazer com que as gerações que ainda estão na escola aprendam a respeitar o próximo.