Título da redação:

Deve-se falar

Proposta: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 24/04/2017

Desde o Iluminismo e, posteriormente, a Revolução Francesa o carácter participativo acentuou-se expressivamente nas sociedades mundiais. Nesse sentido, a luta pela segurança dos direitos dos gêneros e dos LGBTIs, reflete essa realidade. Logo, faz-se necessário que a escola exerça seu papel e ensine sobre os direitos sociais de todos. Em primeiro lugar, é extremamente relevante ressaltar que as diversas opressões vividas nas escolas por grupos não hegemônicos dão frutos amargos. No filme, Hoje Não Quero Voltar Sozinho, o protagonista se recusa a ir à escola, isso devido as agressões que ele sofre pelo fato de ser homossexual. Realidade essa que muitos brasileiros vivenciam, são verbetes pejorativos como, por exemplo, “bixinha” e “boiola” que eles são obrigados a ouvir diariamente nos seus ambientes de estudo. Sobretudo, a principal denúncia sobre isso é a postergação da escola sobre o assunto, que como resultante tem-se a violência física, a evacuação escolar e o suicídio. Vale salientar além do mais, que a falta de interesse das instituições de ensino sobre essas discussões é de certa forma um preconceito. O sociólogo Pierre Bordieu o chama de opressão simbólica, isto é, a violação aos Direitos Humanos não consiste somente no embate físico, o desrespeito está – além de tudo – na perpetuação de preconceitos que atentem contra a dignidade da pessoa humana ou de um grupo social. Dessa forma, é possível inferir que, em pleno século XXI, não há espaço para preconceitos e discriminações de nenhum grupo na sociedade, muito menos em instituições sociais tão importantes como a escola. É preciso que os locais de ensino e o Estado, como normatizador de ações, assumam, portanto, suas responsabilidades com todos os cidadãos, diante dos diferentes gêneros e sexualidades. Assim, o MEC, deve contribuir financeiramente, a partir dos impostos arrecadados, para eventos e apresentações artísticas que dizem respeito a temática. Além disso, as escolas e universidades devem fazer abordagens transversais das questões nas diversas áreas de conhecimento; bem como tratar desde as pequenas violências verbais como crimes que são. Sendo assim, se tais ações forem tomadas, será possível construir uma sociedade civilizada, como deve ser, e diversificada como é.