Título da redação:

Combatendo a iniquidade social

Tema de redação: Ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas: necessidade ou doutrinação?

Redação enviada em 17/09/2017

A discussão sobre gênero e diversidade sexual vem ganhando visibilidade na sociedade atual. No entanto, essa clareza não parece ser suficiente para que as pessoas entendam quão importante é o ensino sobre gênero e diversidade sexual nas escolas, mantendo um discurso retrógrado, de caráter destrutivo e inercial a ser combatido. Em uma primeira análise, é necessário observar que vivemos em meio a uma iniquidade social, onde direito aos cidadãos julgados “diferentes” são negados. A sociedade nos impõe uma binaridade, masculino ou feminino, excluindo pessoas que não se encaixam nesse padrão. Segundo Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele.” Compreende-se, então, que é importante numa educação mostrar que um ser vai muito além do 0 ou 1. Apesar da laicidade do Brasil, não vê-se tal característica sendo colocada em prática quando se existe uma bancada religiosa no congresso que impõem à sociedade seus preceitos, contrariando o Estado e pondo em prática a iniquidade social. Já dizia Eça Queiroz, políticos e fraldas são coisas que devem ser trocadas de tempos em tempos pelo mesmo motivo. Conforme a lei da inércia de Newton, um corpo tende a permanecer no mesmo estado até que uma força atue sobre ele. Desse modo, é necessário que uma força a favor do ensino de gênero seja aplicada para que possamos sair dessa condição de inércia. Urge, portanto, que o governo passe a impor o ensino nas escolas sobre a questão de gênero e diversidade sexual com o objetivo de lutar contra os preconceitos criados por discursos retrógrados e assim, construir uma sociedade mais humanizada.