Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Ensino domiciliar em questão no Brasil

Redação enviada em 22/06/2019

Durante o governo do imperador Carlos Magno, o Reino Franco vivenciou um grande incentivo ao sistema educacional por meio da Renascença Carolíngia. Seguindo essa linha de pensamento, é inegável que a propagação de ambientes educacionais, ao longo do tempo, permitiu que a instituição escolar se tornasse algo essencial para o avanço das civilizações. No entanto, hodiernamente, percebe-se que em alguns países, inclusive no Brasil, o sistema de ensino domiciliar tem feito com que muitos pais optassem por ensinar os seus filhos no interior do próprio lar em detrimento das escolas tradicionais. Logo, discutir essa questão no país envolve avaliar os seus possíveis benefícios e malefícios, além de propor medidas que visem o bem-estar nacional. Primeiramente, de acordo com a Associação Nacional de Educação Familiar (Aned), antes da medida provisória proposta pela Gestão Bolsonaro, cerca de 7500 famílias estavam aderindo ao ensino domiciliar no Brasil. A partir desse dado, pode-se afirmar que, com o incremento da nova medida, o número de adeptos ao método em questão tenderá a crescer, pois, com a legalização governamental, muitos pais que não estão satisfeitos com a qualidade do ensino do país, principalmente o público, ou que discordam quanto às normas e conteúdos de aprendizado, poderão optar por aquilo que acreditam ser o melhor. Ademais, segundo o sociólogo Durkheim, a educação é um organismo vivo e consiste na transmissão do conhecimento da geração adulta para a mais nova. Nesse sentido, os familiares responsáveis pelo aluno têm a concepção de que poderão atuar de maneira mais direta na obtenção do conhecimento dos menores, permitindo que eles tenham mais autonomia para expressar suas dúvidas sem ser julgado pelas outras crianças. Além disso, outro ponto positivo é a redução dos gastos com mensalidade escolar, deslocamentos e outros custos adicionais que a escola física apresenta. Em contrapartida, é indubitável a necessidade do Estado brasileiro de avaliar essa problemática sob o viés social, haja vista que suas escolhas podem originar novos impasses. Relativo a isso, já dizia o filósofo Aristóteles que o homem é um ser político e social, por isso precisa exercer relações com outras pessoas no interior da comunidade. Desse modo, um dos pontos negativos do ensino domiciliar é a redução, ou até mesmo a falta, daqueles que estudam em casa, do contato com outros indivíduos, principalmente com os que possuem a mesma faixa etária. Consequentemente, poderá haver, gradualmente, um redução dos vínculos reais entre esses alunos e o "mundo lá fora", e, a partir disso, acarretará em mais casos de doenças psicossomáticas, como a ansiedade e a depressão. Sendo assim, diante dos argumentos supracitados, medidas são indispensáveis para a alteração do cenário vigente. Para tanto, é fundamental que o Ministério da Educação, juntamente com as Secretarias de Educação Municipais, trabalhe na incrementação gradativa desse novo sistema de ensino no país, conforme as necessidades dos alunos e pais, por intermédio da criação de experimentos monitorados que verifiquem a sua eficiência em diferentes estados brasileiros, bem como esclarecer à população, via canais midiáticos, a medida provisória vigente, com o fito de desmistificar a pauta em análise e fazer com que os cidadãos, em consonância com equipes pedagógicas, escolham o que for mais cabível para a educação dos discentes.