O desenvolvimento do ainda inexpressivo programa nuclear brasileiro é uma solução para as crescentes demandas energéticas do país. Uma evolução da matriz nuclear, em específico, é importante, uma vez que tal fonte energética é relativamente limpa. Além disso, com um eventual aumento da produção nuclear, os sucessivos casos de insuficiência energética decorrentes da crise hídrica se extinguirão. Entretanto, com um potencial aumento no uso de tal fonte, o risco de acidentes nas usinas, apesar de ínfimo, torna-se notável devido a seu potencial destrutivo. Ao contrário de outras fontes de energia, como a hidrelétrica, a nuclear é amplamente viável do ponto de vista ecológico, visto que a instalação das usinas não requer o desmatamento ou a inundação de florestas. Ademais, tais instalações evitam a emissão de gases estufa. Portanto, para que a energia originada da fissão do átomo de urânio seja totalmente sustentável, é necessário apenas que os resíduos da produção sejam descartados adequadamente. Outra vantagem da matriz nuclear encontra-se no fato de que ela é uma fonte constante de energia, visto que, de modo oposto a hidrelétrica e a eólica, não sofre com mudanças climáticas. Portanto, com o incremento na produção de energia nuclear, os "apagões" e os aumentos de preço nas contas de energia tendem a se extinguir. Apesar dos potenciais avanços que podem ser obtidos através do desenvolvimento da matriz nuclear brasileira, também há possíveis prejuízos: o risco, ainda que ínfimo, de problemas nos reatores. Tal problema, caso ocorrido, pode ser devastador para a vida na região afetada, como é o caso de Chernobyl, na extinta União Soviética, região que é inabitável há 30 anos. Sendo assim, observa-se que a energia nuclear é a solução ideal para as necessidades energéticas do Brasil. Para que tal solução seja efetivamente buscada, o Estado deve investir parte dos recursos originados do pagamento de impostos por parte da população na construção de mais usinas nucleares, seguindo os padrões e normas internacionais, de modo a minimizar os riscos de acidentes nucleares. Somente assim, as necessidades energéticas brasileiras serão supridas.