É necessário considerar que o Brasil precisa ver a energia nuclear como uma pronta solução para a crise energética em que se encontra desde 2015. Isso é afirmado, pois a geração de energia precisa acompanhar a crescente demanda e, a médio e longo prazo, a fonte nuclear é mais vantajosa que a maior responsável pelo abastecimento do país, a hidrelétrica, em termos ambientais e econômicos. Portanto medidas cujo objetivo seja solucionar o déficit na produção energética do país precisam ser apresentadas. Em primeiro lugar, devem-se apontar as desvantagens de ter uma matriz energética pouco variada, para se ter um amplo panorama da situação. As usinas hidrelétricas, hoje, são as mais utilizadas no Brasil, dada a grande capacidade hidrográfica do país. Porém, deve-se destacar que, embora seja considerada uma energia limpa, sem emissão de gases estufa, uma grande área, geralmente de florestas, deve sofrer desmatamento seguido de alagamento para a construção de represas dessas usinas. Isso causa destruição de parte da fauna e da flora brasileiras, além do despejo de famílias das comunidades ribeirinhas e indígenas. Além disso, as hidrelétricas dependem das condições meteorológicas, considerando que a chuva é o meio de renovação da água no planeta. Logo, em períodos de seca, a produção de energia fica prejudicada, o que gera apagões gerais em várias regiões do país, causando problemas para bancos e hospitais, por exemplo. Em segundo lugar, as vantagens do uso da energia nuclear precisam ser ressaltadas, para que haja maior esclarecimento sobre o processo. Ainda que a tecnologia nuclear tenha opções de uso negativas, como a bomba atômica, a produção energética por meio de material radioativo é limpa, sendo amplamente usada nos países desenvolvidos. Além disso, as usinas, de ótimo retorno de investimento, podem ser construídas em pequenas áreas, não sendo dependentes de muitos recursos, senão o Urânio, muito abundante no Brasil. A barreira levantada por muitos com relação a essa energia é o tratamento do lixo radioativo, mas este pode ser descartado nos oceanos em caixas isolantes de radioatividade, o que traz segurança para o ambiente e a sociedade. Em suma, depreende-se que a energia nuclear é uma boa solução para a crise energética do Brasil. Destarte, o governo deve incentivar as universidades e os centros de tecnologia a pesquisarem os melhores locais para instalação das usinas, além de mecanismos de aproveitamento máximo da energia produzida. O Ministério de Minas e Energia também deve abrir licitações para que haja a construção de unidades geradoras suficientes para atender à demanda no país o mais breve possível.