Ocorrido em 1986, o desastre na usina de Chernobyl, atualmente, ainda faz vítimas, no entanto, a utilização de energia nuclear segue crescendo, ao contrário do que seria ideal. Mesmo sendo privilegiado na questão da produção energética, nosso país continua a investir em uma fonte nada confiável mostrando desconsideração em relação ao destino do lixo radioativo e o risco de acidentes. Cada tipo de resíduo nuclear tem um destino, de acordo com o grau de radioatividade, podendo variar em até 1000 vezes sua periculosidade. Os rejeitos de baixo e médio nível são armazenados em depósitos provisórios mas o grande problema está relacionado ao lixo de alto nível radioativo. De tão perigoso ele é depositado em piscinas de resfriamento ao lado do reator, afim de ser evitado o deslocamento das pastilhas gastas de urânio. Será que todo esse risco é vantajoso para a produção de apenas 3% da energia utilizada no país? Ademais, a ocorrência de um acidente nuclear teria resultados catastróficos para a sociedade e meio ambiente, podendo levar séculos, ou até milênios, para que a situação seja normalizada. Ponderando a ação de agentes naturais, como o vento e a chuva, a zona de impacto seria ampliada em diversas vezes, maximizando a gravidade do ocorrido. De acordo com o diretor de comunicação do Greenpeace, no Brasil, Reinaldo Canto, é impossível garantir 100% de segurança nesse meio de produção. Torna-se imprescindível, portanto, a saída do Brasil do programa nuclear, afim de reduzir o risco nacional de contaminação radioativa. Outrossim, o Governo Federal deve ampliar o investimento em fontes renováveis, mostrando progresso na busca pela sustentabilidade. A população, por sua vez, deve demonstrar insatisfação com a utilização de dinheiro público em projetos nucleares, indo às ruas protestar pelo fim dos mesmos.