Desde a descoberta da radioatividade, as aplicabilidades foram inúmeras, e nos mais vastos campos das ciências naturais. A utilização da energia nuclear como recurso energético, forneceu a autonomia elétrica de muitos países. A França é um ótimo exemplo, 80% de seus recursos energéticos são provenientes dos reatores nucleares, possuindo um dos menores custos de eletricidade na Europa. Entretanto, vale dizer que, o Brasil encontra-se em uma situação completamente diferente, com foco para as hidroelétricas, contudo, apesar do grande número de usinas existentes, essas não foram suficientes para evitar a crise energética que assolou o ano de 2015, devido às chuvas escassas. Assim sendo, a urgência em um recurso que amplie o parque energético brasileiro converge para a criação de usinas nucleares, capazes de gerar grande quantidade de energia sem qualquer dependência climática e com mínima emissão de Dióxido de carbono, gás causador do efeito estufa, se equiparando as usinas eólicas. Nesse contexto, investimentos governamentais tanto na área da educação, desenvolvendo mão de obra qualificada para operar no manuseio e segurança dos materiais radioativos, como através de incentivos fiscais, impulsionando o desenvolvimento de parques tecnológicos, capaz de fornecer a tecnologia necessária, criando novos empregos e movimentando a economia nacional, são quesitos essenciais. Desse modo, o momento é crucial para se investir em energia nuclear, seguindo o padrão global, capacitando o país na prevenção de uma futura crise energética. Em tempos de desemprego e estagnação econômica, a falta de energia seria fatal para o produto interno bruto (PIB).