A fissão nuclear, quebra do átomo e liberação de energia térmica, foi desenvolvida inicialmente na década de 1930 para fins bélicos. Tal intenção resultou no bombardeamento de Hiroshima e de Nagasaki e, assim, no fim da segunda guerra mundial, em 1945. Hoje, essa tecnologia é usada na geração de energia em usinas nucleares por países fortemente industrializados, como: Estados Unidos, Japão e França. No Brasil, a tecnologia também é utilizada e, inclusive, possui desenvolvimento tecnológico respeitável. Com a necessidade de ampliação da oferta de energia elétrica, há um questionamento sobre a ampliação das usinas nucleares no Brasil. No entanto, apesar de grandes benefícios das usinas nucleares, algumas desvantagens podem ameaçar o investimento em novas usinas. As usinas nucleares produzem de forma efetiva uma energia elétrica dita “limpa”. Para se ter uma ideia, poucos quilos de urânio equivalem a toneladas de carvão vegetal no aquecimento de reatores que geram energia. Ao contrário da queima do carvão, que resulta na emissão de grandes quantidades de CO2 na atmosfera, as usinas nucleares produzem energia sem emissão de gases prejudiciais à camada de ozônio. Ademais, comparadas às usinas hidrelétricas, as usinas nucleares necessitam de menor área física para instalação. Todavia, alguns pontos críticos colocam as usinas em desvantagem comparadas às demais. Entre eles, podemos citar o lixo radioativo, que se mantém como fonte de contaminação radioativa e de degradação extremamente lenta e, por isso, deve ser estocado no fundo dos oceanos. Apesar de ser uma tecnologia relativamente segura, acidentes graves já ocorreram. O desastre de Chernobyl, em 1986, foi um fato que marcou a história e que ainda hoje pessoas sofrem os males provocas pela radiação e um extenso território não pode ser habitável. Por conseguinte, deve-se fazer uma avaliação mais criteriosa quanto a criação de novas usinas nucleares no Brasil já que, na ocorrência de acidentes, obtém-se prejuízos incalculáveis. Devido ao sucesso brasileiro com hidrelétricas, o governo deve investir no melhoramento das várias usinas hidrelétricas existentes, que na sua maioria estão subutilizadas. As universidades de engenharia elétrica devem buscar melhorias tecnológicas para os reatores de energia elétrica existem e, a longo prazo, desenvolver novas gerações desses reatores. Além disso, parcerias público-privadas podem investir em fontes de energia elétrica alternativas, visto que períodos de seca prolongada afetam a produtividade das hidrelétricas. Como exemplos, há as usinas eólicas e, apesar de futuristas, as usinas elétricas alimentadas por lixo orgânico. Dessa forma, pode-se obter energia suficiente, e segura, para um Brasil que cresce e se desenvolve.