O Brasil, em 1998, assinou o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), que visa impedir a proliferação na produção de armas nucleares nos países que aderiram aos termos estabelecidos. O tratado autoriza o uso de energia nuclear apenas para fins pacíficos. Os elementos químicos mais utilizados para esses fins são o urânico e o plutônio, entretanto a substância que é melhor empregada é o urânio, por produzir menos lixo nuclear e por gerar mais energia. Para isso, o urânio precisa ser enriquecido, que consiste na separação, através de uma espécie de peneiramento, separando-o em Urânio 238 e 245. Este último é utilizado nas usinas termonucleares.  Conforme publicado no site R7, em 2013,  a principal  a matriz energética do Brasil são as usinas hidrelétricas, porém o  seu potencial nuclear possui um valor significante. O Brasil ocupa a sétima posição no "ranking" mundial de reserva de urânio. Porém, apesar da grande capacidade brasileira, possuímos, apenas, 3 usinas termoelétricas, todas localizadas em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. Dessas, somente duas estão em funcionamento, a usina Angra III ainda está em processo de construção. A média do ciclo de vida de cada  uma dessas usinas são de 60 anos. Em estudos específicos sobre o tema, avaliam que com a quantidade de urânio no território nacional é possível obter energia elétrica pelos próximos 800 anos, usando somente as três usinas brasileiras.  O uso de energia nuclear possui importantes vantagens, como: a grande disponibilidade de combustível no Brasil, a não emissão de gases que ocasionam o efeito estufa, a independência de fatores climáticos e a possibilidade de produzir grande quantidade de energia em uma pequena indústria. Por outro lado, possui significativas desvantagens, como: o alto custo financeiro na produção da energia elétrica, o risco de acidentes nucleares, o desequilíbrio do ecossistema marítimo, devido ao aquecimento das águas do mar, utilizadas para o resfriamento das usinas termoelétricas.   Diante do apresentado, o Brasil possui grande potencial no uso de energia nuclear, grandes áreas da indústria beneficiam-se com o uso desse tipo de tecnologia. Notáveis pesquisas foram desenvolvidas com o uso da energia nuclear, os ramos da saúde e da ciência da tecnologia operam com propriedade a respeito do tema. Mas, ainda existe muita resistência ao enriquecimento de urânio no país devido a grandes acidentes de repercussão internacional. Conceituadas nações, que dominam esse conhecimento há muitos anos, sofreram desastres ambientais devido ao rompimento das contenções que geram a energia nuclear, causando muito terror a população, a mais recente envolvida nesse infortuno foi usina na cidade de Fukushima, no Japão. Todavia, o Governo Federal do Brasil deveria incentivar financeiramente as pesquisas relacionadas ao uso da energia nuclear, com o objetivo de estudar as formas mais seguras de trabalhar com esse tipo de elemento, sem prejudicar o meio ambiente, respeitando o tratado de paz assinado. Também é necessário otimizar a operação das usinas termoelétricas brasileiras, já que corremos o risco de haver grandes racionamentos elétricos nos próximos anos. Ainda, incentivar a substituição de equipamentos de defesa militar, como nos casos dos submarinos convencionais, trocando-os para os de propulsão nuclear, economizando, com isso, outros tipos de energia. Mediante aos fatos, é necessário a desmistificação do uso desse tipo de elemento, haja vista a necessidade do país em se preparar energeticamente para o futuro.