Título da redação:

Ruptura do cenário tradicional

Proposta: Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema?

Redação enviada em 03/05/2018

Sentenciou o filósofo Erasmo de Rotterdã: “A primeira fase do saber está em amar o professor”. No entanto, o Brasil contemporâneo vivencia um cenário de impasses no que concerne à educação, tendo em vista a violência contra o professor, o bullying e os resultados pífios nos principais exames de admissão ao ensino superior. A educação domiciliar, assim, configura uma saída válida em prol da concretização do aprendizado individual. Um exemplo de país que permite a educação domiciliar, aliás, com regulamentação, é Portugal, pois exige, ainda, visitas às residências por assistentes sociais, à medida que os infantes estão submetidos às avaliações periódicas. Sob esse viés, é possível salientar que, com disciplina, as distrações em casa são menores e os estudos não precisam ser interrompidos quando se há rendimento, ao contrário do cenário escolar. Ademais, o professor, hodiernamente, perde muito tempo tentando acalmar a sala de aula, de modo a diminuir as possibilidades de uma atenção individualizada, indispensável à progressão do estudante no que tange ao conhecimento. É evidente, entretanto, que à medida que se estuda em casa a convivência social torna-se limitada a um menor número de pessoas. Dessa maneira, optar por esse método não é viável a todas as famílias, uma vez que algumas não têm o tempo suficiente para dedicar-se, plenamente, à educação ética e social dos infantes, além de supervisionar o cumprimento da Base Comum Curricular. Todavia, a escola também pode vir a proporcionar relacionamentos nefastos, em virtude das agressões físicas e verbais entre alunos, a pressão causada pelos professores que rotulam as crianças e a consequente comparação entre os jovens, sem avaliar a saúde psicológica. Com o fim precípuo de consolidar um método salutar de educação domiciliar no Brasil, faz-se necessário, portanto, que essa alternativa ofereça um vínculo entre família e Estado, por intermédio da especificação do que será aprendido em casa, com auxílio não só de ferramentas virtuais e didáticas, mas também de avaliações periódicas, visando ao desenvolvimento de raciocínio lógico e autonomia dos infantes. Após cumprir a Base Comum Curricular será necessário que os estudantes realizem o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos, no intuito de obter certificados de ensino fundamental e médio, para que se matriculem nas universidades.