A prática da educação domiciliar no Brasil vem apresentando aumentos significativos nos últimos anos. De acordo com a Associação Nacional de Educação (Aned), em 2016, a aplicação do homeschooling foi aderida por 3,2 mil famílias, sendo que em 2011 esse número era apenas de 359 famílias. Nesse âmbito, pode-se analisar um processo de desescolarização que a princípio agrada a insatisfação de pais com a atual educação brasileira. No entanto, ao longo prazo pode apresentar irregularidades que prejudique o desenvolvimento social e cognitivo das crianças educadas em casa. Em relação ao descontentamento dos pais com a educação brasileira, muitos alegam da má qualidade das escolas públicas e do alto preço das escolas privadas. E o ensino domiciliar dá a esses pais autonomia para utilizar uma educação integral, pautada na aprendizagem de princípios morais que condizem com o estilo de vida daquela casa. Contudo, o homeschooling abrange somente uma pequena parte da população, por se caracterizar como uma prática de altos custos. Bem como, a falta de um mecanismo de controle, torna mais difícil avaliar se a criança recebe da família instruções necessárias para a construção de competências intelectuais, culturais e sociais. Logo, o Governo federal deve criar leis que autorizem a educação domiciliar. Porém, introduzindo dispositivos de regulamentação e fiscalização da pedagogia que a família irá utilizar no desenvolvimento de seus filhos, por meio de aplicação de testes para a verificação da qualidade de aprendizagem da matriz curricular escolar, como também da formação étnica, ideológica e social. Uma vez que, espera-se garantir a formação cidadã e social plena das crianças educadas em seus lares.