A Constituição de 1988 garante o direito à educação a todas as crianças e jovens sob o dever do Estado. Entretanto, um fenômeno denominado “homeschool”, já conhecido em países como Estados Unidos, Reino Unido e Portugal, está sendo altamente discutido na justiça brasileira pois muitas famílias estão aderindo esse tipo de educação para as suas crianças e jovens. Apesar de muitos alegarem que o sistema de ensino domiciliar priva as crianças do convívio social e a diversidade cultura que uma escola pode oferecer, muitos pais tiram seus filhos da escola porque seus filhos não conseguiram se socializar com os demais ou por dificuldades no aprendizado. Ademais, segundo Maria Celi Vasconcelos, especialista no tema formada pela UERJ, observando crianças e adolescentes inseridas tanto no sistema domiciliar quanto no normal afirmou que nada se diferenciava entre elas. Então, mostrando que se uma criança tiver uma educação domiciliar eficiente, os resultados serão os mesmo ou até melhores do que uma escola. Por outro lado, o déficit no sistema de ensino nacional é nítido em todos os municípios do país. De certo, a falta de professores, o não ensino ao pensamento crítico e a ausência de uma infraestrutura adequada são fatores para que as famílias adotem o ensino dentro de casa, assim garantindo uma educação de qualidade para as suas crianças. Outrossim, assegurando também o desenvolvimento educacional e social em atividades extracurriculares, como cursos de inglês, futebol, natação. Em síntese, a educação familiar pode ser considerada como um sistema de ensino eficiente trazendo diversos benefícios para os envolvidos como a melhoria no processo de aprendizagem. Diante dessa realidade, cabe ao Governo do Estado, junto com o Ministério da Educação, reconhecerem o ensino domiciliar por meio de criação de novas leis e também a fiscalização, como avaliações regulares e periódicas a famílias que optaram por tal ensino. Desse modo, a educação domiciliar seria uma das soluções para o ensino brasileiro.