Título da redação:

Queda educacional

Proposta: Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema?

Redação enviada em 22/04/2018

A Constituição brasileira de 1988 confere a todos o direito à educação de qualidade para o desenvolvimento pessoal, profissional e econômico. Entretanto, projetos recentes de educação domiciliar ferem essa garantia, o que gera na falha, ou possível fracasso, do processo educacional brasileiro. A socialização primária e o controle de qualidade com a padronização de conteúdos são apenas assegurados em escolas físicas e regulamentadas. A escola, como agente socializador primário, exerce a função primordial de promover a socialização inicial dos alunos para o desenvolvimento e formação na sociedade instalada. Segundo o filósofo e educador Paulo Freire, na escola, importante não é só estudar, é também criar laços de convivência. Nesse contexto, é perceptível que em um sistema domiciliar, o infanto não possui contato com pessoas da mesma faixa etária, o que pode ferir o próprio potencial mais tarde. Além disso, escolas caseiras não possuem uma padronização de conteúdos e matérias lecionadas, garantia da utilização correta de métodos educacionais e qualificação dos pais para o ensinamento. De acordo com a filosofia kantista, o homem é aquilo que a educação faz dele. Nesse sentido, se a educação for corrompida por problemas de execução, o homem também será corrompido e é inaceitável que isso permeie em futuras gerações. Nota-se, portanto, que a educação domiciliar é um retrocesso na sociedade brasileira. É essencial que todo jovem tenha acesso a interações sociais e aprendizado de qualidade. Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação decretar o fim da educação domiciliar e promover campanhas midiáticas que explicitam a primordialidade da escola no meio social e educacional. Só assim, a educação tupiniquim habilitará oportunidades a todos jovens e a Carta Magna Brasileira será seguida.