Na Grécia Antiga as crianças eram educadas de modo informal, sem divisões em série nem salas de aula, foi somente no século XII, na Europa, que surgiram as escolas semelhantes aos modais hodiernos. Já no Brasil, o modelo de educação domiciliar mostra-se uma alternativa para o paradigma escolar, visto que o sistema educacional brasileiro demonstra diversas falhas. Nesse contexto, evidencia-se a carência do ensino público. Em primeira análise, o fator econômico está entre os norteadores da escolha do molde “homeschooling”, visto que há grande defasagem entre os impostos pagos e a qualidade da educação pública. Ademais, as dificuldades no que tange à inclusão de deficientes nas escolas brasileiras configuram uma das justificativas para o número ascendente de crianças que recebem educação domiciliar, segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar calcula-se que haja entre 5 e 6 mil famílias que seguem esse modelo. Outrossim, não há indícios que o ensino em casa seja prejudicial à formação infantil, para os pais que praticam esse modo de educação afirmam que o interesse pueril é aguçado, atrelado ao fato de que a criança passa mais tempo no âmbito familiar. Entretanto, ainda há resistência governamental em regulamentar a prática, de acordo com o Ministério da Educação, deixar de matricular crianças na escola caracteriza abandono intelectual. Isso, consoante à afirmação de Sêneca de que é preciso cuidar da educação, pois influi sobre toda vida, ou seja, se a educação continuar a ser vilipendiada, o problema social perpetuará. Logo, é possível considerar a educação domiciliar como um caminho optativo para as intempéries do sistema tradicional de ensino. Portanto, é necessário que o Governo Federal regularize tal prática, para que os pais possam atuar de maneira legal. Intrínseco ao MEC, que deve, em conjunto com as famílias, desenvolver uma metodologia, que tenha avaliações periódicas com profissionais enviados pelo Ministério. Ao seguir o pensamento de Immanuel Kant de que a educação faz o ser humano, observa-se que por meio do ensino de qualidade haverá desenvolvimento da coletividade.