Título da redação:

Homeschooling como a reforma nas diretrizes educacionais

Proposta: Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema?

Redação enviada em 19/04/2018

Na contramão da educação universal, um numero crescente de famílias brasileiras optam por maneiras alternativas de prover ensino de qualidade aos seus filhos. O homeschooling ficou conhecido mundialmente, e está na moda falar em educação domiciliar em um período em que os filhos das celebridades de Hollywood recebem lições de matemática na própria casa. Embora o assunto avance devagar nas repartições legislativas, a ideia se configura como um direito compreendido na esfera das liberdades individuais, que servirá como complemento para as diferentes necessidades educacionais das famílias, não obstante para o amadurecimento das diretrizes educacionais em vigor em todo o território. Hoje, precipuamente, a revolução digital deixa evidente a independência entre as ideias de educação de qualidade e convívio escolar em um ambiente físico. Atualmente, existem diversas plataformas digitais de ensino, desde o nível básico até o superior, que demonstram aproveitar ao máximo o tempo e atenção dos estudantes em casa. Se por um lado, o ensino parece perder o caráter universalista, por outro, ele adquire adaptação ao espaço contemporâneo, no qual famílias, ou melhor, estudantes tem diferentes necessidades, os quais eventualmente não se sentem realizados em um ambiente que, por vezes pode ser nefasto, no que se refere ao convívio social. Além disso, face ao mérito do estado democrático de direito e a premissa de que os pais delegam esforços para a garantia do bem estar da criança, é mais que razoável tomar opinião a respeito do que a família acredita ser mais eficaz, no que tange a educação de base. De fato, muitos pais não confiam no Estado para educar seus filhos, dado que o numero de crianças em regime de educação domiciliar cresceu quase dez vezes nos últimos cinco anos. Sendo assim, parece uma afronta do próprio governo negar voz e resultado a algo que se configura como direito às liberdades individuais fundamentais e que emana diretamente do âmago do lar. Desse modo, legitimar a educação domiciliar é fazer jus ao poder da instituição familiar garantido pela Constituição. Cabe ao estado brasileiro, por meio das secretarias legislativas promover uma regulamentação mínima, para que os pais sejam capazes de implementar com sucesso os programas. Não obstante, as assembléias pedagógicas devem ser responsáveis por oferecer cooperação entre pais e professores para orientar os alunos em relação às diretrizes das diferentes disciplinas do ensino nacional.