Segundo Durkheim, a escola é um fato social que desenvolve nas crianças habilidades que, mais tarde, serão usadas para o avanço econômico, social e político do povo. E, por isso, deve ser estimulada pelas sociedades. Entretanto, atualmente, muitos pais e educadores, desacreditam na real eficiência do ensino escolar no Brasil. Como reflexo disso, buscam uma alternativa para educar seus filhos: a educação domiciliar. Contudo, será que esse tipo de ensino é realmente a solução ou apenas fracasso do sistema? Aqueles que defendem a Homeschooling, afirmam que a educação escolar toma muito tempo do dia da criança, que, em casa, poderia estudar em horários flexíveis e, assim, poderia desempenhar atividades que correspondessem a sua faixa etária. Além disso, eles apontam que as escolas não as preparam para a vida real. Isso porque, de acordo com os defensores, o ensino escolar se baseia em avaliações e exigências que pouco serão demandadas fora da escola. Todavia, eles não levam em consideração que, primeiramente, as escolas são excelentes ambientes de socialização, que permitem com que a criança trabalhe a empatia e a comunicação. Além do mais, os colégios ensinam, desde cedo, a importância de se cumprir regras e obrigações, o que será requisitado pela sociedade na vida real. E, por último, as avaliações são necessárias, pois, ao longo da vida, os jovens serão constantemente avaliados, haja vista que o Brasil, muitas vezes, se baseia no sistema meritocrático para dar oportunidades ao cidadão. Depreende-se, portanto, que o ensino domiciliar é o fracasso do sistema, sendo a educação escolar, a melhor forma de doutrinar uma criança. Todavia, são necessárias melhorias nessa última, tais como: a diminuição da carga horária pelo Ministério da Educação, para disponibilizar mais tempo livre às crianças, e a criação de aulas extracurriculares gratuitas que estimulem outras habilidades, por exemplo, aulas de gastronomia, teatro e astronomia; as escolas podem investir em aulas em ambientes mais alternativos que não sejam só nas salas fechadas e em tecnologias, que possibilitem à criança assistir aulas em casa em alguns dias da semana.