A educação domiciliar é um método de ensino adotado em muitos lugares do mundo. Entre eles, os Estados Unidos e muitos países da Europa. Contudo, existe uma diferença grotesca em relação às condições de ensino do Brasil e a desses lugares citados. Com isso, é necessário entender se a aplicação dessa prática seria realmente viável e positiva ou se traria prejuízos para o progresso da criança. A priori, vale destacar que o papel da escola não é simplesmente formar profissionais para o mercado de trabalho, mas também promover o desenvolvimento social. Logo, entende-se que nos ambientes de ensino, por conta do contato coletivo, são desenvolvidos aspectos como o trabalho em grupo e a empatia. Dessa forma, entende-se que privar uma pessoa de ter acesso a tais questões é, de certa forma, inferiorizar a prosperidade de aspectos extremamente necessários e substitui-los por, simplesmente, conteúdo escolar. Ademais, a ineficácia e a precarização do ensino no Brasil não é um argumento sustentável para promover essa medida. Posto que, a ideia de, ao invés de concertar algo que tem um grande potencial, substituir por algo menos benéfico é, de fato, ilógico. Como disse Sir Arthur Lewis "A educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido". Outrossim, frequentar uma instituição de ensino é um direito previsto nos direitos humanos e na atual constituição brasileira. Em suma, a educação domiciliar não é a solução para a ineficácia do sistema de ensino brasileiro. Para fazer com que haja uma melhora nesse setor, é necessário que o Governo Federal, o Ministério da educação e as secretarias de educação de cada município unam-se para melhorar a atual condição das escolas no país. Para isso, são necessários investimentos financeiros para que se reestruture os programas de ensino e a didática para, com isso, melhorar ainda mais o desenvolvimento social promovido em tais instituições e garantir que os direitos inerentes ao ser humano sejam aplicados para todas as crianças.