Hodiernamente, um número crescente de pais vem apoiado a ideia do ensino doméstico por diversos motivos, sejam eles religiosos ou pela simples falta de confiança no sistema educacional brasileiro. Contudo, apesar das falhas que esta pode apresentar, a escola tem papéis além da educação, que não podem ser substituídos pela educação em casa. Como disse Aristóteles, o homem é um animal político, demonstrando a necessidade do ser humano de viver e conviver com outrem. Sendo assim, o espaço escolar cumpre uma função importante no desenvolvimento dos jovens, à medida que os expõe a pessoas e situações desconhecidas, ensinando-os a socializar e a serem cidadãos funcionais na sociedade, resultados mais dificilmente atingidos se a criança for ensinada fora do ambiente estudantil. Apesar dos benefícios, a escola também tem seus defeitos, como o bullying ou a falta de acessibilidade para crianças com necessidades especiais. Não obstante, a remoção das crianças do âmbito escolar não pode ser encarada como uma solução para esses problemas, já que o isolamento só os evita, mas não altera as circunstâncias que permitiram que eles surgissem. Uma possível solução a longo prazo seria a organização por parte do MEC e das Secretárias estaduais e municipais da Educação de palestras e eventos com a participação de psicólogos e pedagogos, visando conscientizar pais, alunos, e professores sobre a construção de um espaço saudável para o convívio escolar. Outrossim, é o dever do poder Legislativo, em conjunto do MEC, desenvolver leis que regulamentem o ensino domiciliar, com o objetivo de garantir a qualidade da educação para as crianças que aprendem com ele. É imprescindível que todos tenham acesso à educação, independentemente de onde.