Título da redação:

Educação domiciliar: alternativa ao tradicional

Tema de redação: Educação domiciliar: solução para o ensino brasileiro ou fracasso do sistema?

Redação enviada em 05/05/2018

O Brasil, desde meados de 2014, enfrenta uma grande crise econômica, marcada, principalmente, por uma grande recessão. Com isso, muitos cidadãos brasileiros precisam se adaptar a essa nova realidade, readequando suas contas, por meio dos cortes de gastos, buscando alternativas, como a da educação domiciliar. Segundo o mais recente Censo Escolar, o número de matrículas em escolas particulares caiu e, ademais, houve uma diminuição no número de crianças matriculadas, independente da esfera pública ou particular. A priori, é importante ressaltar que, embora novidade em território tupiniquim, essa forma de educação já é exercida por uma considerável parcela da população de outros países, como no caso de Portugal e dos Estados Unidos da América. Aliás, é um modelo que, em muitos casos, não fica atrás do tradicional, visto que, segundo matéria realizada pela revista “Forbes”, a maioria dos alunos que estudam em casa nesses países ingressam no Ensino Superior. Entretanto, sua aplicação no Brasil esbarra em questões tangentes ao preparo dos responsáveis pela educação. Enquanto, nos demais países em que esse sistema é difundido, as aulas são dadas pelos tutores acadêmicos, muitos já formados no Ensino Superior, o Brasil segue um caminho inverso, com muitos responsáveis legais fazendo esse papel. Assim, corre-se o risco do ensino ser defasado e, em casos extremos, precário, quando comparado ao ensino oferecido pelas escolas. Outrossim, há uma grande dificuldade de comprovar o nível da educação, visto o caso de uma estudante, que havia estudado em casa, somente conseguir se matricular na faculdade de Jornalismo após uma decisão judicial. Não obstante, a educação domiciliar tira, na grande maioria dos casos, o convívio social dos alunos. A escola, além de formadora intelectual, deve também cumprir o valor de inserir socialmente. É importante que as crianças e jovens tenham contato humano, de forma a moldarem suas crenças e percepções de mundo, respeitando toda e qualquer diferença e, consequentemente, cumprirem seus papéis como cidadãos. Urge ao Estado, como gestor do coletivo, por meio do Ministério da Educação, investir na melhoria do Ensino Básico, com ênfase em âmbito público, desde a formação de profissionais capacitados a melhorias nas estruturas escolares, o que garantirá que os pais tenham confiança na Educação Pública, mas não somente em tempos de crise. Assim, os alunos terão a experiência escolar completa. Logo, vale-se a máxima de Immanuel Kant: “O homem é aquilo que a educação faz dele”.