Educação à deriva Historicamente a educação sempre foi dotada de uma caráter elitista, sendo considerada um luxo que apenas alguns poucos privilegiados podiam- se dar, com o progresso histórico e após as revoluções dos séculos XVIII e XIX, se viu pela primeira vez a necessidade de mão de obra qualificada para se adequar ao novo modelo de produção capitalista, sendo assim foi criada á “educação de massa” dada a classe proletária, educação essa sem qualquer compromisso com o senso criticou mesmo filosófico, tendo então como finalidade o aumento da produção de bens de consumo e capital. Nos dias de hoje após muitas lutas históricas é possível dizer que o modelo educacional atual obteve grandes avanços em relação ao modelo século XIX. Contudo esse modelo esta longe de ser perfeito, sendo portanto alvo de muitas críticas, críticas essas que por sua vez suscitam debates ao redor do tema, como o da regularização do homeschooling, prática que consiste em um método de autoeducação domiciliar que está em constante crescimento no Brasil, como consequência da falha de grande parte do sistema educacional em fornecer um ambiente escolar inclusivo - e até por muitas vezes seguro - para seus alunos e professoras. Pesquisas recentes apontam que não há devassamento dos alunos adeptos do homeschooling quando comparados aos alunos educados convencionalmente no sistema público, constatação que reforça que a educação pública tem muito em que avançar, já que ao mesmo tempo em que o homeschooling atualmente não fica atrás da educação pública brasileira, ele deve muito - assim como a educação pública brasileira – ao sistema educacional de países altamente desenvolvidos tais como Suécia e Noruega por exemplo, esta discrepância tem de ser vencida com um país mais justo e digno, reiterando o saudoso patrono da educação brasileira Paulo Freire “se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. Portanto é urgente que o governo tome para si a responsabilidade que é sua, de governar para o bem comum, adotando medidas que continuem com os avanços que á educação alcançou nos dois últimos séculos, tendo isso em vista é necessário o direcionamento de recursos para o setor educacional de base, e para a educação de mestres, proporcionando assim um ambiente de crescimento mútuo de alunos e professores, é preciso também através dos meios de comunicação a divulgação de campanhas de conscientização, mostrando que apenas através do convívio com o diferente é que a criança e o adolescente tornam-se verdadeiros cidadãos, reforçando assim o diálogo entre pais e mestres tendo como objetivo final o crescimento não somente socioeconômico, mas também o crescimento humanitário, já que como foi dito pelo filósofo prussiano Immanuel Kant “o homem é o que a educação faz dele”.