Mundo do crime, trabalho, ou mero desinteresse. Todos esses fatores são elencados por jovens como justificativas para abandonarem a escola. O sistema educacional brasileiro, sobretudo na rede pública, constitui um polo repulsivo para os estudantes, situação que descredita a ideia do Brasil como pátria educadora. Diante desse cenário, a educação domiciliar surge como alternativa na busca de uma formação educacional plena. Adequado a sua rotina e com menor rigidez de imposições, o estudante sente-se mais confortável para desenvolver seu potencial, de modo a tornar esse método de ensino uma poderosa ferramenta de estímulo à educação. A priori, a visão holística da educação domiciliar fornece uma gama de meios para se atingir o conhecimento. Em contrapartida à monotonia da escola, é possível, na educação doméstica, procurar experimentações e métodos mais ecléticos na busca pelo aprendizado. O grande diferencial desse processo é a dinamicidade, posto que, em casa, o conhecimento submete-se ao aluno, enquanto nas instituições padrões de ensino, o aluno submete-se ao conhecimento triado pela própria instituição, revelando uma das falhas capitais desse sistema. Paralelamente a isso, convém salientar a liberdade na rotina estudantil no processo de acomodação do aluno. Nesse contexto, o estudante pode despender mais tempo em conteúdos condizentes com suas aspirações, de acordo com os horários disponíveis em seu dia. É nítida a necessidade de disciplina para atender a carga mínima de estudos requerida, porém, nesse cenário, aumenta-se a possibilidade de conciliar os estudos com o lazer, de maneira a tornar os alicerces do estudo mais atrativos. Destarte, a educação domiciliar mostrou-se, definitivamente, um método eficaz na complementação do ensino escolar. É preciso reiterar, no entanto, que a escola ainda é um local de socialização, fundamental para crianças e jovens. Portanto, é de suma importância que os pais busquem meios para inserir o filho socialmente, ao mesmo tempo que o máximo de recursos deve ser providenciado, pois estudar sozinho pode ser complexo. É um ledo engano aceitar os erros do sistema, e o aluno deve sempre buscar um método de ensino compatível com suas aptidões.